Publicado em 16/04/2025 às 07h07.

Motorista é condenado a mais de 20 anos por envolvimento na morte da cantora gospel Sara Freitas

Gideão Duarte levou a vítima até o local do crime e retornou com suspeitos para ocultação do corpo, diz acusação

Redação
Foto: Reprodução/TV Bahia

 

O motorista por aplicativo Gideão Duarte de Lima foi condenado na terça-feira (15) a 20 anos e 4 meses de prisão por participação no assassinato da cantora gospel Sara Freitas, ocorrido em outubro de 2023, na Bahia. Ele é o primeiro dos quatro réus a ser julgado pelo crime e deverá cumprir a pena em regime inicialmente fechado.

O julgamento ocorreu no Fórum Desembargador Gerson Pereira dos Santos, em Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador, e durou mais de 12 horas. O júri foi composto por cinco homens e duas mulheres.

Segundo a acusação, Gideão levou Sara ao encontro dos executores do crime, permaneceu no carro por cerca de 20 minutos durante o assassinato e, após o homicídio, transportou os suspeitos até a casa de um dos envolvidos. Ele também retornou ao local com os mesmos para a queima do corpo da vítima, ainda conforme a denúncia.

A defesa alegou que o motorista foi coagido a permanecer no local e negou que ele tivesse conhecimento prévio do crime. Mesmo assim, o júri o considerou culpado por homicídio qualificado, com agravantes de ocultação de cadáver e associação criminosa.

Outros três acusados pelo assassinato, Ederlan Santos Mariano (marido da vítima), Weslen Pablo Correia de Jesus (Bispo Zadoque) e Victor Gabriel Oliveira Neves ainda aguardam julgamento após entrarem com recursos.

O caso

Sara Freitas desapareceu em 24 de outubro do ano passado, após sair de casa, no bairro de Valéria, em Salvador, dizendo que iria a uma reunião de mulheres em uma igreja. A cantora publicou nas redes sociais que estava a caminho de Dias D’Ávila, mas não foi mais vista após entrar no carro de Gideão Duarte, motorista que já havia prestado serviços à família.

Ele utilizou um carro emprestado de um conhecido do meio religioso, identificado como Apóstolo Hugo, que não é investigado no caso. O corpo de Sara foi encontrado três dias depois. O marido da vítima, que inicialmente mobilizou campanhas nas redes sociais em busca da esposa, foi preso em 28 de outubro como principal suspeito de planejar o crime.

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