Publicado em 20/04/2025 às 11h00.

Alcolumbre cobra ministério e cargos no BB e agências reguladoras a Lula para barrar anistia

Presidente do Senado aumenta pressão para emplacar indicações na máquina federal

Redação
Foto: Ricardo Stuckert/PR

 

De olho na força que a anistia dos envolvidos no 8 de janeiro vem ganhando na Câmara, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva aposta no presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para barrar o projeto caso seja aprovado na outra Casa. No entanto, segundo o jornal Estadão, a intervenção terá uma fatura a ser paga pelo presidente da República.

De acordo com o jornal, Alcolumbre aumentou a pressão para que Lula substitua o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Além disso, ele tenta emplacar novas diretorias no Banco do Brasil e em agências reguladoras.

Alcolumbre não abre mão de indicar diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Agência Nacional de Mineração (ANM). No entanto, Silveira tem resistido aos desejos do presidente do Senado.

No ano passado, Alcolumbre prometeu algumas indicações para Eduardo Braga (MDB-TO) e Otto Alencar (PSD-BA) cargos em agências durante a campanha pela eleição ao comando do Senado. Em troca, a dupla desistiu de concorrer à cadeira deixando o caminho livre para o amapaense.

Alexandre Silveira chegou ao Ministério de Minas e Energia indicado por Rodrigo Pacheco (PSD-MG) que na época estava em fim de mandato na presidência do Senado. No entanto, se tornou pessoa próxima de Lula e da primeira-dama Janja e é visto como cota pessoal do presidente.

Os favores de Alcolumbre ao governo federal não se restringe apenas à anistia aos responsáveis pelos atos antidemocráticos. Ele também fez acordo para segurar a instalação de uma CPI contra os Correios no Senado. Em troca nomeou um apadrinhado na Diretoria de Negócios da estatal. A empresa havia registrado um saldo negativo total de R$ 3,2 bilhões.

Na última segunda-feira (14), Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, protocolou um requerimento de urgência para a tramitação da proposta de anista após reunir 262 assinaturas, cinco a mais das necessárias. Enquanto isso, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB) disse que vai ouvir outros líderes antes de tomar uma decisão.

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