Publicado em 23/04/2025 às 15h41.

juliette apresenta seu ‘risca faca’ ao público nesta quinta-feira (24)

Com 10 músicas no novo álbum, faixas narram as delícias e desencontros de uma festa 100% brasileira

Vitor Silva
Foto: Assessoria

 

Sejam todos bem-vindos ao “Risca Faca” da Juliette! O lançamento desta quinta-feira (17) descortina lembranças afetivas da cantora e, sobretudo, revela uma era musical descontraída, sensual e próxima de sua essência. Depois dos lançamentos dos EPs “Esquenta” e “Farra”, o trabalho musical apresentado pela artista em 2025 chega em sua terceira (e última) fase. ( Ouça as 10 músicas do álbum acima )

As faixas – seis delas inéditas – versam sobre todas as etapas que compõem uma grande festa, ou melhor, um Risca Faca de respeito. A expressão que dá nome ao disco é usada para descrever eventos marcados pela diversidade de ritmos, a energia contagiante – por vezes caótica – e sem hora para acabar.

“Eu me encontrei fazendo esse álbum. Me senti realizada no momento em que desbloqueei algumas memórias de quando eu frequentava esses rolês. Época que eu marcava com minhas amigas, juntava todo mundo pra se arrumar antes do evento, dançava até o chão e não tinha hora pra voltar pra casa. Foram com essas lembranças que coloquei meu coração neste projeto. Uma Juliette que não era conhecida pela maior parte das pessoas, mas que resolvi apresentar através das músicas que escrevi e vou cantar a partir de agora”, afirma a artista.

Arrocha, forró e MPB são gêneros musicais que o público vai encontrar facilmente ao mergulhar na tracklist. Ao mostrar a diversidade musical do trabalho, Juliette transita entre ritmos na companhia de J.Eskine, Michele Andrade e Silva. Afinal, para ser um Risca Faca é preciso tocar todo tipo de música – das que falam sobre amor e te fazem chorar no banheiro da boate, até as que te colocam pra descer até o chão da melhor forma.

J.Eskine
O encontro inédito de Juliette e J. Eskine, na faixa “Cachaça e mel”, tem como resultado uma trilha sonora que convida o ouvinte a viver “altas paradas loucas” – que pode ser a ideia de misturar cachaça com mel ou até o desejo de um momento a sós com o amado em uma praia deserta.

“Vou deixar você provar
Do gostinho meu
Meu corpo e o teu
É cachaça e mel
Bem docinho

Hoje tem
Amorzinho na areia
Vem
Mão na nuca e beija bem
Nos tumultuando na praia deserta”, diz a música.

Fenômeno das paradas de sucesso brasileiras, J. Eskine apresenta um arrocha ousado como cartão de visitas. Para ele, o encontro com Juliette aconteceu de forma genuína.

“Foi uma imensa gratidão fazer uma música com Juliette, uma pessoa incrível. Logo na primeira vez, a energia bateu mesmo. Uma pessoa super humilde, cuidadosa e carinhosa. Uma amiga que tem muito talento. A história dela me inspira muito”, comenta o cantor.

Michele Andrade
O forró raiz de Michele Andrade dá o tom na canção-título do disco. Nesta faixa, a experiência de quem frequenta este rolê começa a ser descrita linha após linha.

Ou seja, o clima é “favorável para o nosso dengo” e vai ser no paredão que as coisas vão se “desembolar”. Tudo acontece sem a necessidade de luxos – longe de Paris e vinhos da França, como a música provoca.

“De todos os toques do meu celular
A melhor notícia é quando cê chama pro risca-faca
Naquela hora e naquele mesmo lugar
Batom vermelho da cor da saia
No paredão a gente vai desembolar”

O objetivo é um só, segundo Michele Andrade: colocar todo mundo para dançar. “Tô feliz demais com essa parceria, admiro muito a pessoa e artista que Juliette é. Ser convidada para fazer parte desse projeto foi incrível, uma honra pra mim, principalmente quando ouvi a música pela primeira vez… é a nossa cara, divertida e dançante! Espero que a galera curta muito ‘Risca Faca’ e se divirta também, estou ansiosa para o lançamento e super animada. Simbora”, afirmou.

Silva
E quem disse que não há espaço para amar no conturbado ambiente de festa? Em “Labirinto”, dueto com Silva, Juliette canta sobre encontrar o “fruto proibido” e, mesmo sabendo que é um erro, a ousadia de decidir provar. Depois de uma ou duas bebidas fica claro que há sempre a possibilidade de assumir o risco… sorrindo.

“Você é o erro
Que eu acerto rindo
Sei que tu não presta
Mesmo assim eu vou caindo (…)
Caindo no teu beijo gostoso”, diz a música.

E por falar em amor, o cantor Silva celebra o encontro com a artista para produzir um trabalho leve e divertido. “Juliette é doce e genuína e nosso encontro é sempre leve, divertido, parecido com a música que fizemos. É uma alegria colaborar com uma artista que só espalha coisas boas pro mundo”, afirma Silva.

“Dopaminados”, “Acho é pouco” e “A culpa não é nossa”
Quando o nome da música carrega o significado de ser a “substância química do prazer”, não há muito para onde fugir. Em “Dopaminados”, o eu-lírico que protagoniza a festa já encontrou o seu flerte e está imaginando o encontro com o prazer. E tudo fica ainda mais interessante quando um solo de guitarra encerra a música.

“O ar ligado
Semi pelados
Dopaminados
Vestindo só o lençol do quarto
Imagina só nós dois
Se embolando em todo canto
Cama, chuveiro e sofá”, diz a canção.

O deleite da música anterior tem seus riscos. Com composição de Juliette, “Acho é pouco” retrata, na sequência, um eu-lírico em fúria e praticando o desprezo por vingança contra alguém que partiu seu coração. E, apesar da decepção, não há tempo para se arrepender pelo que já foi feito.

“Agora sofre sem meu beijo
Zero recaída
Aprende a ficar sem o amor da tua vida
Se arrependeu
Mas é tarde
Tá ruendo, tá sofrendo de saudade
(…)
Chora mais
Bebe mais
Acho é pouco
Eu quero ver você se acabar com gosto”, diz a faixa.

Na desafiadora missão de encontrar um “amor que a faça sair do raso”, a personagem da música “A culpa não é nossa” se revela impaciente por apenas esbarrar em “corações safados” na noite. E o título resume: não há culpa em quem procura, mas nas opções disponíveis na festa.

“Só gente solteira nessa festa
A culpa não é nossa
É desse povo que não presta
É só solteiro nessa festa
A culpa não é nossa
É desse povo (…)
Que pega e não se apega”.

Início, meio e fim – “Risca Faca” apresenta, em 10 músicas, todas as nuances que o ouvinte pode ter durante a experiência de estar em uma festa como essa. E com este álbum, Juliette compartilha recordações especiais que já teve em sua vida. É sobre trazer o público para perto e conhecer um lado da história da artista que ainda não foi totalmente revelado. É para aproveitar e se divertir.

Vitor Silva

Repórter de entretenimento, mas escrevendo sobre política, cidade, economia e outras editorias sempre que necessário; tem experiência em assessoria, revista, produção de rádio e social media

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