Publicado em 29/04/2025 às 18h24.

Deputado critica obras atrasadas na RMS e isenção de Rui Costa em caso dos respiradores

Para Tiago Correia, gestão petista utilizou da máquina pública com fins eleitorais em 2022 e repete a prática este ano

Otávio Queiroz
Foto: Assessoria/deputado estadual Tiago Correia (PSDB)

 

O líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado estadual Tiago Correia (PSDB), voltou a fazer duras críticas ao governo estadual nesta terça-feira (29). Em entrevista ao bahia.ba, o parlamentar acusou a gestão petista de utilizar a máquina pública com fins eleitorais e apontou o atraso em diversas obras em Salvador e na Região Metropolitana como reflexo dessa prática.

“Diversas ordens foram assinadas não só para impulsionar a campanha [de 2022], mas também para cooptar apoios de prefeitos. Foi criada uma carteira de obras muito grande, que não tinha viabilidade real de ser entregue no prazo prometido”, afirmou Correia.

Segundo o tucano, a mesma forma de agir estaria adotada agora, em 2025, com vistas às eleições de 2026. “O governador continua prometendo milhões em obras para prefeitos do interior, inclusive para aqueles que votaram contra ele. Mas o resultado começa a aparecer para todos verem e eu acredito que a ‘vacina’ já foi dada. Para mim, muitos desses apoios não se concretizarão”, declarou ao bahia.ba.

Críticas à decisão do TCU

Tiago Correia também criticou a recente decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que isentou o ex-governador Rui Costa (PT) e o secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, no processo sobre a compra frustrada de respiradores durante a pandemia de Covid-19. O caso envolve o pagamento antecipado de R$ 48,7 milhões à empresa Hempcare, que nunca entregou os equipamentos.

Para o deputado, a decisão do TCU de arquivar o processo antes da conclusão da investigação da Polícia Federal é precipitada. “O TCU se antecipa a uma investigação da Polícia Federal que ainda está em andamento. O dinheiro público teria bancado despesas particulares, como a compra de carros e o pagamento de faturas de cartão de crédito. Portanto, trata-se claramente de uma decisão antecipada que acabou favorecendo os líderes do processo”, criticou.

O tribunal justificou a decisão alegando que não havia provas suficientes para responsabilizar os gestores, considerando o contexto emergencial da pandemia em 2020.

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