Publicado em 01/05/2025 às 12h20.

Mesa Diretora da Câmara pede suspensão do mandato de bolsonarista após ataques a Gleisi Hoffmann

Para o conselho de Ética, a mesa argumentou que Gilvan da Federal cometeu "evidente abuso das prerrogativas parlamentares, o que configura comportamento incompatível com a dignidade do mandato”

Redação
Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

 

A Mesa da Diretora da Câmara dos Deputados pediu a suspensão cautelar do mandato de Gilvan da Federal (PL) por seis meses. A medida foi protocolada na quarta-feira (30) através de uma representação contra o parlamentar por quebra de decoro parlamentar. 

No documento, a Mesa Diretora informou ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que Gilvan “incorreu em condutas incompatíveis com o decoro parlamentar (…), ao proferir manifestações gravemente ofensivas e difamatórias” contra Gleisi Hoffmann, “em evidente abuso das prerrogativas parlamentares, o que configura comportamento incompatível com a dignidade do mandato”.

Na ocasião, o bolsonarista usou palavras de baixo calão para se referir à ministra das Relações Institucionais (Serin), Gleisi Hoffmann, namorada do petista. 

“Na época em que esse ex-presidiário [o presidente Lula] foi preso, eu estava na Polícia Federal, e chovia ataques à PF pelo pessoal do PT. Por exemplo, da senadora Gleisi Hoffmann. Hoje, elogiam a PF porque temos um diretor-geral petista. Na Odebrecht, existia uma planilha de pagamento de propina a políticos. Eu citei aqui o nome ‘Lindinho’ e ‘Amante’, que devia ser uma prostituta do caramba. Teve até deputado que se revoltou. Ou seja, a carapuça serviu. Ele foi mentir na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], se vitimizar, dizendo: ‘Você vai ver, seu bandido”, disse Gilvan na sessão.

O pedido foi feito um dia após Gilvan da Federal protagonizar um “bate-boca” durante uma sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara, que recebia o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, com o líder do Partido dos Trabalhadores (PL) na Casa, Lindbergh Farias (PT). 

Para integrantes da Mesa, Gilvan da Federal feriu a imagem da ministra, além de ter feito “insinuações ultrajantes, desonrosas e depreciativas”.

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