Publicado em 06/05/2025 às 14h14.

Governo está em ‘alerta máximo’ para o risco de desvio comercial no Brasil, diz Alckmin

“Estamos fazendo monitoramento com lupa para defender empregos e empresas”, explicou o vice-presidente

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, voltou a afirmar nesta terça-feira (6) que o governo Federal está em “alerta máximo” sobre o risco de desvio de comércio no Brasil, gerado pelo deslocamento de produções que entrarão enfraquecidas nos Estados Unidos em razão do “tarifaço” promovido pelo presidente Donald Trump.

“Estamos fazendo monitoramento com lupa para defender empregos e empresas”, disse Alckmin, que ponderou sobre a necessidade do Brasil ser mais criterioso na proteção da indústria local para que as medidas de contenção de importações não gerem inflação e aumento de custo nas cadeias produtivas.

“Precisamos ser criteriosos. Qual o problema que os EUA podem enfrentar (aumentando imposto de importação): inflação e custo. No aço, fizemos cota, senão teria impacto sobre toda a cadeia produtiva”, completou.

Segundo matéria do Estadão, Alckmin pontuou que o aumento tarifário imposto por Trump tende a beneficiar o agronegócio brasileiro, e que o país permanece disposto a dialogar e negociar com os EUA durante sua fala inicial em uma reunião-almoço organizada para discutir a guerra tarifária e os impactos no comércio brasileiro promovida pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE).

“Resumindo: é diálogo e aproveitar novas oportunidades. Esse aumento tarifário vai beneficiar a agricultura. Nós temos um agronegócio muito exportador e muito forte, muito competitivo. Ele ajuda o agronegócio. E nós precisamos estar atentos na indústria”, apontou Alckmin.

Aos parlamentares presentes, o vice-presidente apresentou um quadro que reforça o déficit dos Estados Unidos com o mundo na balança comercial, enquanto o Brasil ocupa uma posição de superávit. Além disso, ele voltou a mencionar que, dos dez produtos mais importados pelo Brasil dos Estados Unidos, oito têm tarifa zerada.

“É importante essa relação com os Estados Unidos, que é o que a gente tem procurado atuar, mostrando que com o Brasil não há nenhum déficit. O Brasil não é problema, e teremos oportunidades de complementaridade econômica em outras áreas”, reforçou Alckmin.

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