Publicado em 08/05/2025 às 17h06.

Presidente do PT admite sinal amarelo para Lula e Jerônimo, mas aposta em recuperação

Everaldo Anunciação também defendeu a necessidade de ampliar as bancadas no Congresso Nacional nas eleições de 2026

Otávio Queiroz
Foto: Jorge Jesus/bahia.ba

 

O dirigente nacional do PT e ex-presidente da sigla na Bahia, Everaldo Anunciação, reconheceu que o momento político para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, exige atenção. Em entrevista ao bahia.ba nesta quinta-feira (8), ele comentou a queda de popularidade registrada por pesquisas recentes e disse que o cenário acende um “sinal amarelo”, mas demonstrou otimismo com a possibilidade de recuperação nos próximos meses.

“As eleições de 2026 ainda estão distantes, mas é óbvio que o cenário atual é de alerta. Temos que ficar atentos”, afirmou Everaldo. Para ele, embora o governo Lula esteja avançando em políticas sociais e estabilidade econômica, a comunicação com parte do eleitorado ainda é um desafio.

Segundo o petista, medidas como a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, a ampliação do financiamento do Minha Casa, Minha Vida, e a intervenção da Petrobras para reduzir o preço do diesel devem contribuir para a recuperação da imagem do governo federal. “Acredito que teremos um período de colheita”, declarou ao bahia.ba.

Everaldo também comentou o impacto desse cenário na Bahia. Embora Jerônimo tenha aparecido atrás de adversários como ACM Neto em algumas sondagens, ele acredita que a força do governador e o apoio mútuo com Lula ajudarão a equilibrar o jogo. “Lula ajuda Jerônimo, Jerônimo ajuda Lula”, disse. “A oposição está desarticulada e já começa a perder bases que migram para o nosso governo”.

Estratégia para 2026

O dirigente ainda falou sobre as pretensões do PT para as eleições de 2026. Ele defendeu a importância de ampliar as bancadas no Congresso Nacional e reforçou que o partido deve ajudar os aliados, mas sem abrir mão de seu próprio crescimento.

“A gente viu como é difícil governar o país sem uma base forte no Senado e na Câmara. A cultura do orçamento impõe limites ao Executivo. Então, apostar na eleição de mais parlamentares é fundamental”, pontuou.

Everaldo defendeu uma estratégia para que todos os partidos da base sejam fortalecidos, mas destacou a necessidade de o PT evitar prejuízos eleitorais como os das últimas disputas. “Essa é uma tarefa que precisa ser construída conjuntamente”, concluiu.

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