Publicado em 19/05/2025 às 11h23.

Vendas de imóveis crescem 15% no 1º trimestre de 2025, impulsionadas pelo Minha Casa, Minha Vida

O programa do governo Federal representou 53% dos lançamentos e 47% das vendas do setor imobiliário

Redação
Foto: Ricardo Stuckert/PR

 

O setor imobiliário do Brasil registrou um crescimento de 15% no número de vendas e lançamentos de imóveis durante o primeiro trimestre deste ano, no comparativo com o mesmo período em 2024. O resultado foi impulsionado, principalmente, pelo Minha Casa, Minha Vida, programa federal que oferece financiamento com juros reduzidos a uma parcela da população.

Segundo matéria do InfoMoney, entre janeiro e março de 2025, o programa representou 53% dos lançamentos e 47% das vendas do setor. Os dados são da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e foram divulgados nesta segunda-feira (19).

Para a CBIC, os números apontam para uma resiliência do mercado frente aos patamares elevados da taxa Selic, que guia os juros dos demais financiamentos.

Nos últimos 12 meses, a Selic avançou de 10,75%, em março de 2024, para 14,25% em março deste ano, chegando a 14,75% na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada no início de maio, a mais alta em quase 20 anos.

Para o presidente da CBI, Renato Correia, os dados apontam que o brasileiro segue investindo em moradia, mesmo em um cenário de crédito caro. Já o economista-chefe do Secovi-SP e conselheiro da CBIC, Celso Petrucci, destaca que o desejo pela casa própria continua movendo o setor.

Projeções da CBIC apontam que o programa “Minha Casa, Minha Vida” deve seguir como o principal responsável por puxar as vendas do setor. Neste ano, o governo federal criou novas regras e incluiu famílias com renda até R$ 12 mil no programa, com uma taxa de juros nominal de 10% ao ano.

Apesar do bom resultado, foi registrada queda de 28,2% no número de unidades residenciais lançadas no primeiro trimestre deste ano no comparativo com o último trimestre de 2024. Entre outubro de dezembro do ano passado, foram 118.324 novas unidades. Entre janeiro e março deste ano, 84.924. O saldo geral atenderia a demanda por cerca de oito meses, caso não haja nenhum outro lançamento, afirma a CBIC.

Os dados fazem parte dos Indicadores Imobiliários Nacionais e foram coletados em 221 cidades do país.

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