Publicado em 19/05/2025 às 21h29.

Governador cobra apoio federal para retomar radar meteorológico: ‘problema nacional’

Falta do equipamento tem sido alvo de críticas da oposição

Otávio Queiroz / Rodrigo Fernandes
Foto: Rodrigo Fernandes/bahia.ba

 

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou nesta segunda-feira (19) que o retorno da estação meteorológica de Salvador, atualmente inativa por falta de manutenção, depende de investimentos do Governo Federal. O petista disse ter solicitado apoio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para restabelecer o sistema de monitoramento climático, após meses de críticas da oposição por conta da ausência do radar meteorológico em pleno período chuvoso.

“Na última reunião com o ministro Waldez [Góes], pedimos não só equipamentos para distribuição de milho e limpeza de aguadas, mas também o restabelecimento das centrais de monitoramento de sol, chuva e riscos climatológicos. Ele se comprometeu. O problema não é só na Bahia, é no Brasil inteiro. Já há recursos à disposição, só falta operacionalizar”, afirmou Jerônimo, durante agenda em Salvador.

Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o radar meteorológico instalado próximo ao aeroporto da capital baiana está desligado desde setembro de 2024 por falta de contrato para manutenção das infraestruturas de apoio. Embora o equipamento pertença ao Governo Federal e esteja em boas condições, não pode operar por segurança, já que os serviços de manutenção corretiva e preventiva foram encerrados.

Críticas à gestão anterior

Jerônimo já responsabilizou, no final de abril, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo cenário de desestruturação no setor. Segundo ele, houve um processo de “sucateamento” dos sistemas meteorológicos nacionais, o que afeta diretamente a capacidade de resposta diante de eventos climáticos extremos.

A falta do radar meteorológico se tornou um dos principais alvos da oposição após fortes chuvas atingirem Salvador nas últimas semanas. O diretor da Defesa Civil da capital, Sosthenes Macedo, chegou a criticar publicamente a ausência do equipamento, alegando que a ferramenta teria ajudado na previsão e prevenção de desastres.

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