Publicado em 20/05/2025 às 10h46.

OMS aprova acordo global de prevenção à pandemias após três anos de negociações

A adesão do texto foi anunciada em Genebra, durante a reunião anual da agência

Redação
Foto: Reprodução/OMS

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou nesta terça-feira (20) um acordo internacional sobre a prevenção e cooperação contra pandemias, após mais de três anos de negociações intensas com os países-membros da organização. A adesão do texto foi anunciada em Genebra, durante a reunião anual da agência, e visa uma coordenação global mais precoce e eficaz na prevenção, detecção e resposta rápida a uma futura crise sanitária

“Este acordo é uma vitória para a saúde pública, a ciência e a ação multilateral. Coletivamente, nos permitirá proteger melhor o mundo contra futuras ameaças pandêmicas”, declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado em um comunicado.

Segundo matéria do InfoMoney, a confecção do texto foi motivada principalmente após o fracasso na coordenação coletiva para o enfrentamento à pandemia de Covid-19 que assolou o mundo em 2020, quando países em desenvolvimento enfrentaram um cenário de vacinas insuficientes, acumuladas pelos países ricos, além de escassez de materiais para realizar testes e insumos básicos para atender pacientes, como os respiradores.

Uma das principais medidas do acordo visa justamente garantir um acesso mais equitativo aos produtos de saúde em caso de uma nova pandemia. O pacto adotado nesta terça-feira representa um sucesso ao final de um processo de negociação difícil, em um contexto de cortes drásticos no orçamento da OMS, que cada vez enfrenta mais crises.

Recentemente, por exemplo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a saída do país da agência logo após seu retorno à Casa Branca. Apesar da rápida decisão, esta só sera efetivada em janeiro de 2026. No entanto, Washington já se afastou das negociações referentes ao acordo nos últimos meses e o país não enviou representantes para a assembleia da organização.

“A pandemia de Covid-19 foi um eletrochoque. Nos lembrou de forma brutal que os vírus não conhecem fronteiras, que nenhum país, por mais poderoso que seja, pode enfrentar sozinho uma crise de saúde mundial”, relembrou a embaixadora francesa para a saúde mundial e copresidente das negociações, Anne-Claire Amprou.

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