Publicado em 20/05/2025 às 18h54.

Deputada critica prefeito por impasse com professores e reajuste proposto: ‘absurdo’

Olívia Santana também chamou atenção para a crise financeira enfrentada pela UFBA

Otávio Queiroz
Foto: Jorge Jesus/bahia.ba

 

A deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) criticou duramente a condução da Prefeitura de Salvador no impasse com os professores da rede municipal, que estão em greve há duas semanas. Em entrevista ao bahia.ba, a parlamentar afirmou que o movimento grevista é consequência da falta de diálogo por parte do prefeito Bruno Reis (União Brasil) e da recusa da gestão em pagar o piso salarial da categoria.

“É muito triste que a rede municipal de ensino da capital baiana não pague o piso salarial dos professores. É fundamental que haja diálogo e negociação. O reajuste oferecido pela gestão não é justo para a categoria. É lamentável ver a greve acontecendo e o prefeito ignorando”, declarou Olívia ao bahia.ba.

A deputada aproveitou para relembrar o aumento salarial concedido ao próprio prefeito em dezembro de 2024. Na ocasião, Bruno Reis teve um reajuste de 25%, passando de R$ 26 mil para R$ 32 mil, além de sancionar aumentos para a vice-prefeita Ana Paula Matos, secretários e vereadores da capital.

“O prefeito Bruno Reis teve um aumento salarial em dezembro de 2024, de 25%, então bora trocar. Esses 25% que ele recebeu pelos 4% que ele está dando. É um completo absurdo”, disparou a parlamentar.

A APLB-Sindicato exige que o piso salarial do magistério, previso para R$ 4.867,77, conforme determinação do Ministério da Educação (MEC), seja pago pela prefeitura. Eles alegam que gestão paga pouco mais de R$ 3.070 e enfatizam que essa defasagem já dura mais de 10 anos.

Crise na UFBA

Além da crise municipal, Olívia Santana também chamou atenção para a situação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), que enfrenta dificuldades por causa dos contingenciamentos no orçamento. Segundo a deputada, a política de déficit zero imposta pelo Congresso Nacional para 2025 tem gerado sacrifícios em setores essenciais, como a educação superior.

“Não há condições. Isso acaba por ocasionar sacrifícios de setores fundamentais, como a educação. E o mais grave: o Congresso Nacional controla mais de R$ 6 bilhões em emendas parlamentares. Esse dinheiro poderia estar sendo investido nas universidades, por exemplo. Mas está sob controle dos deputados. Isso só existe no Brasil”, concluiu.

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