Publicado em 21/05/2025 às 12h54.

Bitcoin atinge novo recorde histórico e ultrapassa US$ 109 mil

Criptomoeda é beneficiada por fluxo histórico em fundos negociados em bolsa e preocupações com a dívida norte-americana

Redação
Foto: Pixabay

 

O bitcoin alcançou nesta quarta-feira (21) seu maior valor histórico, superando a marca de US$ 109 mil — o equivalente a R$ 617 mil, pela cotação atual. O novo recorde foi registrado um dia após a criptomoeda ter batido seu valor mais alto até então, de US$ 106,8 mil.

A valorização é atribuída a diversos fatores, entre eles o volume recorde de investimentos em ETFs (Exchange Traded Funds) de bitcoin e as preocupações dos investidores com a situação fiscal dos Estados Unidos.

ETFs são fundos de investimento que buscam replicar o desempenho de índices de referência, como o Ibovespa ou o S&P 500. Eles permitem que investidores tenham acesso a uma carteira diversificada de ativos sem a necessidade de adquirir cada um separadamente.

Na última segunda-feira (19), os ETFs à vista de bitcoin negociados nos EUA registraram entrada líquida de US$ 667 milhões, segundo dados da SoSoValue. Somente no mês de maio, o volume já soma US$ 3,3 bilhões, impulsionando a valorização da moeda digital.

O avanço do bitcoin também ocorre em meio ao aumento nos rendimentos dos títulos públicos norte-americanos (“Treasuries”) e às crescentes incertezas em relação à situação fiscal dos Estados Unidos. Nesta quarta-feira, os juros dos Treasuries voltaram a subir: os de 10 anos ultrapassaram 4,5%, enquanto os de 30 anos superaram 5%.

Os Treasuries são considerados um dos investimentos mais seguros do mundo e são usados pelo governo dos EUA para financiar operações e controlar a dívida nacional.

Criptomoedas são, geralmente, classificadas como ativos de maior risco, mas com potencial de retorno elevado. Estimativas apontam que investidores alocam entre 1% e 10% de seu portfólio nesses ativos. Quando há expectativas de juros mais baixos e inflação controlada nos Estados Unidos, o apetite por criptoativos tende a crescer, já que a rentabilidade da renda fixa se reduz, tornando investimentos mais arriscados — como o bitcoin — mais atrativos.

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