Publicado em 27/05/2025 às 07h45.

Com participação do governador, Fórum da Internet debate ética digital, IA e inclusão

Abertura contou com a presença do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), do ministro das Comunicações, Juscelino Filho

Redação
Foto: Matheus Landim/Govba

 

O uso da internet, seus desafios e seus impactos no Brasil estão no centro dos debates do 15º Fórum da Internet no Brasil (FIB15), que ocorre até sexta-feira (30) em Salvador. O evento, organizado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) com apoio do governo baiano, reúne representantes de setores públicos, privados e da sociedade civil.

A abertura contou com a presença do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e do secretário-executivo do CGI.br, Hartmut Glaser. A expectativa da organização é reunir mais de mil participantes em 27 workshops ao longo dos cinco dias.

O fórum discute temas como ética e riscos da inteligência artificial, combate à desinformação, discurso de ódio, proteção de dados, segurança online e inclusão digital.

Durante o discurso, Rodrigues destacou a importância de fortalecer o ambiente digital com responsabilidade e combate às fake news. “A internet deve ser instrumento de desenvolvimento econômico, cultural e social, mas pautada na verdade e na convivência saudável”, afirmou.

O governador também citou projetos estaduais voltados para ampliar o acesso à internet, como o Conecta Bahia, o Bahia Mais Digital e a plataforma de serviços públicos BA.GOV.BR.

O ministro das Comunicações reforçou a meta do governo federal de ampliar a conectividade. Segundo ele, mais de 138 mil escolas públicas do país devem ser contempladas com internet de qualidade, alcançando 38 milhões de estudantes. O investimento previsto é de R$ 6,5 bilhões. “Hoje, ter acesso à internet significa acesso à educação, trabalho e cidadania”, disse.

O fórum também marca os 30 anos do CGI.br, entidade responsável pela governança da internet no país. Glaser defendeu que o acesso à rede precisa ser universalizado. “Ainda temos milhões de brasileiros sem acesso. Meu sonho é ver todos conectados de forma segura e inclusiva”, afirmou.

Apoio ao jornalismo negro e periférico

Durante o evento, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) anunciou a instalação na Bahia da Incubadora de Soluções para o Jornalismo Negro, Periférico e Independente. O projeto, considerado inédito no país, terá R$ 15 milhões para apoiar micro, pequenas e médias iniciativas jornalísticas.

A incubadora é coordenada pela Secom, com participação do Ministério da Igualdade Racial (MIR), e será executada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). O objetivo é desenvolver pesquisas, oferecer suporte tecnológico, capacitação e modelos de negócios para fortalecer veículos de mídia negra e periférica.

“Fomos escolhidos por edital nacional. Vamos construir um diagnóstico sobre essas mídias e propor políticas públicas para fortalecer seu papel na democratização da informação”, disse o diretor-geral da SEI, José Acácio Ferreira.

A articulação para trazer o projeto à Bahia foi feita pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). Segundo o titular da pasta, André Joazeiro, iniciar o projeto no estado tem simbolismo por sua história e composição racial.

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