Paulo Gonet pode entrar no ‘rol de possíveis sancionados’ pelos EUA, diz Flávio Bolsonaro
O procurador abriu um pedido de inquérito para investigar a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro nos EUA

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou na segunda-feira (26) que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pode entrar no “rol de possíveis sancionados” pelo governo dos Estados Unidos. A declaração veio logo após a Procuradoria-Geral da República (PGR), comandada por Gonet, ter aberto um pedido de inquérito para investigar a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.
“É bizarro como a democracia acabou no Brasil: até o chefe do Ministério Público Federal usa seu poder para perseguir um parlamentar que está buscando ajuda internacional, exatamente porque no Brasil não há a quem recorrer das atrocidades cometidas por Alexandre de Moraes. Agora que estão vendo que é sério, Gonet repete o veneno usado por Alexandre de Moraes – que pode levá-lo a ser sancionado pelo governo americano – para aumentar a perseguição a “Eduardo Bolsonaro”. E com a iniciativa mesquinha de instaurar um inquérito fake contra Eduardo Bolsonaro, Gonet faz mais uma “cagada” e ratifica às autoridades americanas o estado de exceção vigente no Brasil. Inscreveu-seu com força no rol de possíveis sancionados junto com Moraes! Eu já vi pessoas carregarem um caixão até a cova, mas nunca tinha visto ninguém se enterrar junto”, escreveu Flávio em suas redes sociais.
Segundo matéria do InfoMoney, Eduardo está licenciado do cargo de deputado e morando nos Estados Unidos desde fevereiro. No pedido, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, menciona postagens em redes sociais e entrevistas a veículos de imprensa dadas por Eduardo Bolsonaro.
“Há um manifesto tom intimidatório para os que atuam como agentes públicos, de investigação e de acusação, bem como para os julgadores na Ação Penal, percebendo-se o propósito de providência imprópria contra o que o sr. Eduardo Bolsonaro parece crer ser uma provável condenação”, aponta a PGR.
O ministro Alexandre de Moraes, outro membro do governo apontado como possível alvo das sanções americanas, será o relator do pedido da PGR.
Em entrevista ao jornal O Globo, Eduardo Bolsonaro afirmou que seguirá morando no exterior enquanto Moraes não for sancionado pelas autoridades americanas, e ainda apontou que a possibilidade de abertura de um inquérito pode acelerar as punições ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Eu vejo que esta decisão mostra que o judiciário brasileiro age conforme o cliente. Há pouco mais de um mês, uma decisão da PGR disse que minha atuação é legal, mas agora estou atentando contra a democracia. O judiciário confirma que o Brasil vive um estado de exceção. Com isso, empurram o governo Trump para um ponto de não-retorno em relação às sanções. O judiciário brasileiro está dizendo que quem tiver o meu contato com autoridades americanas está sujeito a até 12 anos de prisão. Eu já tinha dito que só voltaria ao Brasil com o Moraes sancionado e acredito que esta decisão acelere este processo. Para eu pensar no retorno, as coisas precisam acontecer. Eu quero retornar, mas não posso levar uma pena de 12 anos na cabeça. Eu não posso ficar na coleira do Moraes. Ele é que tem que ficar encoleirado no quadrado dele, dentro das competências dos poderes”, disse.
Já nesta terça-feira (27), o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT), afirmou que vai acionar o Conselho de Ética da Casa contra o parlamentar. E que a ação contra Eduardo contará também com um pedido de cassação de mandato e de prisão preventiva.
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