Publicado em 27/05/2025 às 12h55.

Salário dos professores será descontado a partir de junho, caso a greve seja mantida, diz Bruno

Prefeitura vai buscar uma forma de compensar dias sem aula para não prejudicar os alunos

André Souza / Leandro Aragão
Foto: André Souza/Bahia.ba

 

Iniciada em 6 de maio, a greve dos professores da rede municipal entrou no seu 21º dia. Na manhã desta terça-feira (27), o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), disse que não vai descontar o salário dos profissionais neste mês de maio. No entanto, ele declarou que haverá corte a partir de junho.

“A decisão judicial impõe o desconto dos dias não trabalhados. Neste mês, não terá desconto. Agora é natural que se a greve continuar, a gente tenha que cumprir a decisão judicial”, afirmou. “Volto a dizer, a Prefeitura, dentro de que estabelece o Supremo, tinha a interpretação dessa gratificação que era geral, fixa e permanente. Agora, nós fizemos a incorporação, então não há mais motivo para a greve, não há mais motivo para a paralisação. A gente espera que os professores possam retomar aula. Caso isso não ocorra, a gente espera que os outros órgãos de controle, já que tem aí decisão da Justiça determinando a ilegalidade da greve, parecer do Ministério Público favorável à Prefeitura por considerar a greve ilegal. Espero que haja sensibilidade, em especial das pessoas que estão à frente dos sindicatos com as suas vinculações políticas, que possam de uma vez por todas, orientar os professores que voltem à sala de aula”, completou.

Nesta terça, o prefeito sancionou o reajuste salarial de 6,27% a 9,25% que havia sido aprovado pela Câmara Municipal de Salvador. Com isso, ele espera que as aulas sejam retomadas o quanto antes para que haja uma compensação dos dias paralisados.

“Vamos buscar a forma de compensação desses dias para que os alunos não possam ter nenhum prejuízo na sua formação”, disse.

O prefeito mostrou preocupação com as mães dos alunos durante o período de paralisação das aulas.

“A gente sabe que quem está sendo penalizado são as mães, porque tem dificuldade de trabalhar. Muitas [crianças] se alimentam praticamente nas nossas escolas, em especial aquelas crianças que estudam em tempo integral, que chegam a seis refeições diárias. A gente faz um apelo aos professores para que retornem para a sala de aula”, finalizou.

André Souza

Jornalista com experiência nas editorias de esporte e política, com passagens pela Premier League Brasil, Varela Net e Prefeitura Municipal de Laje. Apaixonado por esportes e música, atua atualmente como repórter de Política no portal bahia.ba.

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