Publicado em 05/06/2025 às 21h55.

Vereador critica falta de ação do governo Jerônimo no combate às facções na Bahia

Marcelo Guimarães Neto aponta 'cenário caótico' e cobra soluções para crise na segurança pública

Otávio Queiroz
Foto: Julia Cezana/bahia.ba

 

Com colaboração de Gabriela Icó

Durante participação no evento SOS Bahia, realizado nesta quarta-feira (26), o vereador de Salvador Marcelo Guimarães Neto (União Brasil) criticou duramente o governo Jerônimo Rodrigues (PT) pela escalada da violência e pela atuação considerada ineficiente no enfrentamento ao crime organizado. Segundo ele, a população vive um “cenário caótico” na segurança pública da Bahia, com crescimento das facções criminosas e sensação generalizada de medo.

“A gente vive um cenário caótico, principalmente na segurança pública. A gente percebe uma falta de ação do governo do Estado, notadamente na atuação do governador Jerônimo Rodrigues, que não apresentam para a Bahia soluções capazes de resolver o problema”, afirmou o vereador ao bahia.ba, durante entrevista no evento que reuniu lideranças políticas e especialistas em segurança.

Para Marcelo, o medo domina o cotidiano dos cidadãos baianos. “As pessoas, do mais rico ao mais pobre, vivem com medo de sair de suas casas”, ressaltou. Ele destacou ainda a importância de discutir soluções baseadas em modelos de outros estados, como Goiás, onde ações mais enérgicas foram tomadas contra o crime organizado.

“Esse painel de segurança pública, que hoje está sendo feito pelo nosso maior líder, ACM Neto, que será candidato ao governo do Estado, é uma dessas alternativas de buscar discutir o que deu certo em outros lugares para tentar aplicar aqui na Bahia”.

Falta de combate e investimentos

Marcelo Guimarães Neto também criticou os números que colocam a Bahia entre os estados mais violentos do país. Segundo ele, a presença de facções criminosas na Bahia é resultado da omissão do governo Jerônimo Rodrigues no enfrentamento à violência.

“Das 10 cidades mais perigosas do Brasil, 7 estão na Bahia. Eu falei isso há cerca de dois meses na Câmara Municipal. É a maior marca da falta de ação do governo do Estado”.

Com 21 facções atuando em território baiano, o vereador considera que a ausência de políticas eficazes fortaleceu o crime organizado. “O motivo pelo qual as facções se alastraram aqui é a falta de combate, é a falta de ação do governo do Estado”, afirmou. “Se continuar do jeito que está, só vai piorar”.

Ele comparou a situação da Bahia com o cenário nacional. Enquanto em outras regiões a criminalidade apresenta queda, o estado segue em rota contrária. “A gente vê um cenário no Brasil da criminalidade diminuindo. Em Salvador e na Bahia, principalmente, a gente observa o contrário”.

Marcelo também avaliou com ceticismo a recente troca no comando da Polícia Militar da Bahia. Para ele, a mudança só surtirá efeito se vier acompanhada de uma nova postura do governo estadual. “Não sei se essa troca que foi feita pelo governador, do comando da Polícia Militar, vai fazer diferença. Espero que faça. Espero que o novo coronel Magalhães faça um bom trabalho”, concluiu.

 

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