Publicado em 23/06/2025 às 01h45.

Pagod’art celebra estreia no São João da Bahia e destaca repertório eclético

Banda reforça trajetória do vocalista Flavinho e apresenta mistura de sons no Parque de Exposições neste domingo (22)

João Lucas Dantas / Ludmilla Cohim
Foto: Vinícius Xavier/ bahia.ba

 

A banda Pagod’art foi uma das atrações deste domingo (22) no São João da Bahia, no Parque de Exposições, e o vocalista Flavinho ressaltou a importância de retornar ao palco principal, a preparação para o show e as influências que moldam o repertório do grupo.

“Cada dia a gente se renova. Tenho 45 anos hoje, e o tempo me mostrou como é valioso poder voltar e ver esta estrutura ampla e bonita. É sinal de que ainda estou respirando, que a galera curte o som e acompanha a dancinha”, afirmou Flavinho.

Embora já tenha tocado no Parque de Exposições em outras ocasiões, esta é a primeira vez que a banda é convidada a participar do festejo junino na capital. “Geralmente viajávamos nesta época. Quando soubemos que íamos tocar aqui, reuni toda a família em casa hoje, mãe, tio, sobrinho, até o papagaio e o cachorro, e eles estão no camarim. É a primeira vez em São João de Salvador, e isso é muito importante para mim”, expressa o cantor.

Flavinho mencionou as pesquisas e experiências que embasam o repertório do Pagod’art. “Depois do audiovisual que gravamos, montamos um show bastante eclético: respeitamos a linha do São João, mas seguimos nossa raiz, com o balanço do pagodão. Investir em audiovisual foi um desafio enorme, principalmente financeiro, mas a expectativa é que o público veja o que fizemos e se identifique, mesmo quem não pôde assistir ao projeto antes”.

Ao comentar a influência do samba junino, o vocalista lembrou suas origens. “Cresci em Salvador dançando nas rodas de samba junino de minha família, em Cajazeiras. Essa tradição reforça o swing que levamos hoje ao palco. Mantemos a raiz, mas trazemos também elementos novos para surpreender”, destaca Flavinho.

Sobre o repertório, Flavinho declarou que, em uma hora e dez de apresentação, é preciso escolher com cuidado: “Há músicas clássicas do Pagod’art e do forró que não podem faltar, como a adaptação de ‘Beija-Flor’ em xote ou composições próprias. Sei que alguns ficam chateados por não tocar certa faixa, mas, naquele espaço de tempo, é inevitável selecionar. O público entende que cada show é único.”

Ele reforçou a missão de levar alegria e valorizar a cultura. “Pagod’art faz parte da identidade musical baiana, mas também traz rock, pop, reggae e romantismo. Nosso papel é passar energia ao povo. A equipe inteira trabalha para que cada detalhe aconteça, não é só o artista, mas toda a produção que sai de casa cedo para dar atenção ao público.”

Flavinho avaliou ainda a importância de estar na grade de um grande evento como este. “Tocar num palco principal é um marco. Mesmo para quem já esteve aqui várias vezes, cada aparição exige renovação: alinho bailarinos, repenso aberturas, busco entregar meu máximo. É cansativo, mas vale a pena. A energia do público faz tudo valer a pena”, conclui.

João Lucas Dantas

Jornalista com experiência na área cultural, com passagem pelo Caderno 2+ do jornal A Tarde. Atuou como assessor de imprensa na Viva Comunicação Interativa, produzindo conteúdo para Luiz Caldas e Ilê Aiyê, e também na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Salvador. Foi repórter no portal Bahia Econômica e, atualmente, cobre Política e Cultura no portal bahia.ba. DRT: 0007543/BA

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