Publicado em 28/06/2025 às 07h30.

Prefeitos investigados por desvio de emendas na Bahia são soltos após pagamento de fiança

Operação Overclean apura irregularidades com verbas parlamentares; gestores foram autuados por porte ilegal de arma

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

Os prefeitos de Boquira e Ibipitanga, cidades do interior da Bahia, Alan França (PSB) e Humberto Rodrigues (PT), foram soltos no fim da tarde desta sexta-feira (27) após pagarem fiança. A informação foi confirmada pela TV Bahia e pela TV Globo. Os valores não foram divulgados.

Ambos eram inicialmente alvos de mandados de busca e apreensão no âmbito da operação Overclean, mas acabaram sendo autuados por porte ilegal de arma após serem flagrados com armamento durante a ação.

A operação, conduzida pela Polícia Federal em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Receita Federal, investiga o desvio de recursos públicos por meio de emendas parlamentares destinadas à área da saúde. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Salvador, Camaçari, Boquira, Ibipitanga e Paratinga. As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre os alvos da nova fase da operação está o deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT), presidente estadual da legenda. A Justiça autorizou a quebra do sigilo telefônico do parlamentar. As cidades onde houve diligências têm vínculos políticos com ele.

Em nota, a assessoria de Mendonça Júnior afirmou que o deputado foi “surpreendido” com a ação e negou ter cometido “qualquer irregularidade”. “Félix Mendonça nega que ele ou qualquer assessor do seu gabinete tenham cometido irregularidades no envio de emendas parlamentares para municípios baianos, sejam os citados na operação ou qualquer outro”, diz o comunicado.

O parlamentar também ressaltou que a destinação de emendas se dá a partir de solicitações feitas por prefeitos ou lideranças locais, e que os recursos devem ser aplicados de forma lícita. “A obtenção de ganho é exclusivamente político”, completou a nota.

A investigação aponta que houve fraudes na contratação de empresas para prestação de serviços de saúde, em conluio com agentes públicos e empresários, com o objetivo de desviar verbas federais.

Até o momento, as defesas dos prefeitos e do deputado não apresentaram novos esclarecimentos.

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