Publicado em 30/06/2025 às 10h48.

Israel mantém bombardeios em Gaza após retirada em massa de civis

Pelo menos 38 palestinos morreram em novos ataques; Washington tenta retomar negociações por cessar-fogo

Redação
Foto: Twitter/@Timesofgaza

 

Israel segue com uma intensa ofensiva na Faixa de Gaza após dezenas de milhares de palestinos fugirem da região leste da Cidade de Gaza, no norte do território, no domingo (29), após alertas de uma nova grande operação militar.

Segundo autoridades de saúde locais, pelo menos 38 pessoas foram mortas nesta segunda-feira (30/6) em consequência dos bombardeios israelenses. Entre os mortos, estão 10 pessoas no bairro de Zeitoun e pelo menos 13 em uma área ao sudoeste da Cidade de Gaza. Médicos afirmaram que a maioria dessas 13 vítimas foi atingida por disparos de armas de fogo, embora moradores também tenham relatado ataques aéreos. As informações são do jornal The Guardian.

De acordo com o exército israelense, os alvos dos ataques eram centros de comando e controle de militantes no norte de Gaza. As Forças de Defesa de Israel disseram ainda ter adotado medidas para reduzir o risco de ferir civis. No entanto, até o momento, não há confirmação oficial de Israel sobre as mortes ocorridas ao sudoeste da Cidade de Gaza.

Além disso, duas pessoas que buscavam ajuda humanitária foram mortas a tiros por forças israelenses nas proximidades de um centro de distribuição no sul de Rafah, conforme informaram fontes do complexo médico Nasser à emissora Al Jazeera.

Os ataques acontecem enquanto representantes do governo israelense estão nos Estados Unidos para discutir uma nova proposta de cessar-fogo intermediada por Washington, que continua fornecendo armamentos a Israel durante o conflito.

O ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, deve se reunir nesta segunda-feira com autoridades da Casa Branca para tratar da situação em Gaza e também sobre o Irã, segundo fontes israelenses.

Enquanto isso, em Israel, o gabinete de segurança do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se reúne para avaliar os próximos passos da ofensiva. Netanyahu tem sido acusado de dificultar deliberadamente as negociações de trégua, visando manter o conflito como forma de preservar sua posição política.

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