Publicado em 02/07/2025 às 18h45.

Professora é agredida enquanto protestava no 2 de Julho; assista

A categoria está em greve há mais de 50 dias

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

Uma professora e manifestante foi empurrada por um susposto apoiador da Prefeitura de Salvador, durante a passagem do cortejo do 2 de Julho, dia que marca a Independência do Brasil na Bahia, na manhã desta quarta-feira (2), no Pelourinho.

Um vídeo enviado ao bahia.ba mostra um homem empurrando uma das manifestantes. O caso foi registrado na frente da Igreja do Rosário dos Pretos. Em entrevista ao portal, Analia Santana, professora da Rede Municipal há 25 anos, relatou o ocorrido.

“A gente estava lá com os nossos cartazes, em um movimento lindíssimo, o que pode ter sido uma lástima para eles. A nossa luta vai continuar. Estávamos lá na frente da igreja, passou caboclo, passou o movimento, todo o cortejo e a gente reverenciando. Em seguida, depois que passou caboclo, veio a comitiva do senhor prefeito com o ex-prefeito e a vice, e toda a comitiva. Os funcionários especializados e funcionários das prefeituras dos bairros, que fazem o papel de capitão do mato, promoveram a violência contra os servidores, contra as pessoas que estão exercendo o seu direito. Então foi nesse sentido que aconteceu”, contou Analia, que disse não ter se machucado com a queda.

Analia criticou a ação dos prepostos da gestão municipal. “É uma ação truculenta e violenta contra pessoas que estavam manifestando, que não apresentaram nenhuma ação de agressão. Não fomos agressivos com eles. Ninguém foi! Foi comigo e com outros professores também”, explicou.

No momento em que recebeu o empurrão, a professora segurava um cartaz com a seguinte frase: “Professoras/es, lutar não é crime. Piso e plano de carreira já!”. O objeto foi danificado. Em seguida, a manifestante contou que pegou um outro cartaz: “Prefeito, a educação de Salvador merece respeito”.

A categoria está em greve há mais de 50 dias. Os profissionais cobram da gestão do prefeito Bruno Reis (União Brasil) a revogação da lei 9865/2025, que acaba com o plano de carreira dos professores, além do pagamento do piso salarial.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.