Jornalista com experiência na área cultural, com passagem pelo Caderno 2+ do jornal A Tarde. Atuou como assessor de imprensa na Viva Comunicação Interativa, produzindo conteúdo para Luiz Caldas e Ilê Aiyê, e também na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Salvador. Foi repórter no portal Bahia Econômica e, atualmente, cobre Cultura e Cidade no portal bahia.ba. DRT: 7543/BA
Jhordan Matheus ‘passa de fase’ e estreia novo solo de comédia em Salvador
Em entrevista ao bahia.ba, humorista baiano celebra raízes, improviso e trajetória nacional no stand-up, com três sessões na capital baiana neste fim de semana

O comediante baiano Jhordan Matheus apresenta o seu novo especial solo de comédia, Passando de Fase, em Salvador, nesta sexta, sábado e domingo (4, 5 e 6), no Teatro Faresi (antigo Teatro Isba), no bairro de Ondina. Após o sucesso do seu primeiro show, Batenu Tenu, o humorista traz à capital baiana, sua segunda grande empreitada na cena do Stand‑up Comedy.
Sucesso de público, o Rasta viajou todo o Brasil com seu espetáculo anterior, contabilizando inúmeras sessões com ingressos esgotados em diversos teatros e comedy houses, e com a gravação do seu primeiro show prestes a estrear no YouTube. Em entrevista ao bahia.ba, Jhordan celebra o momento de sucesso crescente na carreira.
Nascido e criado no Engenho Velho de Brotas, o também ator começou a se apresentar no Stand‑up Comedy há 10 anos, em 2015, e logo ganhou muita notabilidade na cena e nas redes sociais, onde já acumula 1,2 milhão de seguidores. No ano de 2019, foi o comediante convidado para abrir todos os shows da turnê de Thiago Ventura, consolidando ainda mais seu espaço.
“Tem sido um momento muito especial. Me sinto muito abençoado mesmo, por Deus, por Exu na caminhada, pelo meu trabalho estar acontecendo, pelas pessoas conhecerem cada vez mais a minha comédia, que é aquilo que eu mais quero colocar para fora. Quero que as pessoas vejam e conheçam, para que isso chegue em mais lugares, contagie mais gente, faça mais gente rir. Acho que esse é o foco principal e é isso que realmente me deixa feliz”, comemora Jhordan.
Humor com sotaque

Ao levar sua perspectiva baiana — como homem preto, rastafari e periférico — para suas apresentações, leva risadas a pessoas de todas as partes do Brasil, mostrando que há interesse e demanda para além do eixo Rio–São Paulo, a que o stand‑up ficou reduzido ao ganhar popularidade, no final dos anos 2000.
Ao falar sobre o maior interesse do público por comediantes de outras realidades, Jhordan reafirma que há uma busca por perspectivas diversas em todas as profissões. “Isso é em tudo. As pessoas querem mais de mais pessoas, em mais lugares. A gente quer mais da nossa comédia baiana, de qualquer coisa que seja da Bahia. Queremos que isso tenha destaque, que ganhe espaço, que apareça, porque é muito importante”, explica.
“É para mostrar mesmo ao resto do Brasil. Para além da Bahia, o Nordeste é muito forte, principalmente na comédia. A gente sabe, não é de hoje, os maiores humoristas do país são todos daqui. Têm essa raiz. Então é só para a galera entender que a gente está chegando para mostrar o que a gente sempre teve. E a internet tem ajudado a atingir mais pessoas, a chegar em mais gente. Isso tem sido uma ferramenta muito importante”, acrescenta.
A arte de se apresentar na comédia stand‑up se caracteriza, principalmente, pelas performances de “cara limpa”, onde os personagens caricatos são deixados de lado e o exagero do cotidiano e a observação do dia a dia ganham espaço. Ao levar sua perspectiva para diferentes ambientes, Jhordan relembra a importância da conexão com a cidade onde cresceu e como isso influencia seu processo de escrita e performance.
“Uma vez que você tem raiz, acho que pode crescer para onde for, mas aquilo sempre estará ali. Você estará no lugar em que se criou, com referências, onde conhece tudo e sabe exatamente o que quer extrair dali. A Bahia me dá isso e sempre me deu: me mostrou vários caminhos, que eu deveria ser muito orgulhoso de ter nascido onde nasci. Toda a minha escola está aqui. Acho que toda comédia que faço, fora do país ou fora da Bahia, está enraizada aqui. É daqui que tiro e levo esse humor”, reflete o artista.
“Acho que, quando você perde a raiz, perde a essência. E aí vai perdendo várias coisas, vai se afastando de si. Não tem como eu não ter orgulho de ser baiano e de estar nessa parada toda”, pontua.
Escrita e a espontaneidade do improviso

Uma das marcas registradas dos shows de Jhordan são as interações com a plateia. Tendo viralizado diversas vezes nas redes sociais com registros de momentos espontâneos, o comediante conta como ganhou confiança para explorar esse lado em suas apresentações.
“A experiência no palco ajuda a falar, arriscar, tentar mais. E tem essa resenha, esse jeito de lidar com a plateia na hora. Nunca é só um show. É sempre essa troca de energia. A galera espera pelo momento de interação, para participar, e isso é muito massa”, brinca.
Com uma década de estrada e, além dos shows solo, participando do grupo Vatapá Comedy Club ao lado de João Pimenta, Matheus Buente e Tiago Banha, o processo de escrita e observação do cotidiano pode ficar mais desafiador, correndo o risco de esgotar tópicos. Mas Jhordan mostra que sabe se adaptar e se reinventar com o tempo.
“Minha vida mudou muito. Conforme a carreira anda, você quer coisas novas e vai deixando algumas para trás. Temos ali nosso modelo de escrita; cada comediante escreve de um jeito, e eu tenho o meu. Gosto de escrever meus tópicos antes e ir para o palco desenrolar o que está na minha cabeça. Escrevo as piadas antecipadamente, mas nunca fico preso ao texto, é mais para me dar norte, uma direção do que acredito que vai funcionar. O que estou vivendo vira piada”, demonstra Jhordan.
Morando em São Paulo desde 2018 a trabalho, e com três sessões marcadas neste fim de semana em Salvador, o comediante comemora a recepção calorosa do público de sua cidade natal e promete noites memoráveis.
“Todo artista, quando sonha em ser grande e ter público, sonha em estar em casa fazendo shows e lotando. Fico sempre muito feliz e lisonjeado de ver o público saindo de casa para me assistir, lotando o teatro. Isso me motiva a fazer cada vez mais, sair para outros palcos e, ao voltar para casa, contar com meu público que entende tudo o que digo, todas as minhas piadas, todas as minhas referências. Sem dúvida, essa é a melhor parte”, conclui o humorista.
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