Publicado em 06/07/2025 às 18h00.

‘Não é rico contra pobre, é justiça tributária’, diz Sidônio sobre IOF

Ministro baiano diz que campanha publicitária busca corrigir distorções fiscais sem confrontar classes sociais

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira, defendeu a recente propaganda do governo federal sobre justiça tributária e rebateu críticas de que a peça promove um discurso de confronto entre classes sociais.

Segundo ele, a iniciativa visa corrigir desigualdades no sistema tributário brasileiro, sem penalizar a maioria da população.

“Na verdade, não é rico contra pobre. É 99 contra 1. Justiça tributária, tá? Então, a gente, a classe média, a grande maioria da população é o que a gente tá falando. A gente está falando da grande maioria contra uma minoria”, afirmou Sidônio.

O ministro baiano também argumentou que a proposta não busca aumentar impostos sobre quem já paga muito, mas sim cobrar de quem hoje contribui pouco ou quase nada.

“O governo não tem interesse em fazer nenhum aumento fiscal para essa grande maioria da população que já vive arrolada com 27,5% de imposto. E, na verdade, ele quer que aqueles que são poucos, que alguns não pagam. Pagam zero de imposto, pagam 2%, 4%, pague até 10%. É isso. Então é isso que a gente tá chamando da justiça tributária”, completou.

Campanha do governo federal

A campanha publicitária do governo federal foi lançada no contexto da discussão sobre mudanças no Imposto de Renda, com a promessa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil mensais.

Para compensar a medida, o Executivo propôs tributar rendas mais altas, como fundos exclusivos e offshores, o que gerou resistência no Congresso Nacional.

O governo também enfrentou um revés recente: a Câmara dos Deputados e o Senado derrubaram um decreto presidencial que revogava parte do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), imposto que incide sobre crédito e câmbio.

A expectativa é que o projeto de lei sobre a nova política de isenção e taxação dos mais ricos seja apreciado no segundo semestre.

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