Publicado em 17/07/2025 às 08h53.

Militância pró-Lula na internet pode virar alvo de CPI na Câmara

Para o deputado Gustavo Gayer, há a suspeita de um suposto financiamento de influenciadores ligados ao presidente

Redação
Foto: Ricardo Stuckert/PR

 

O deputado Gustavo Gayer (PL) protocolou na Câmara dos Deputados um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar um suposto financiamento de influenciadores ligados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o parlamentar, há a suspeita de disparos em massa a fim de turbinar militância digital pró-governo.

Na Câmara, Gustavo Gayer alegou que a verba do Palácio do Planalto está sendo usada em uma “estrutura paralela de comunicação”. Para o deputado, a suposta articulação está sendo  “coordenada a partir de órgãos do governo federal e de entidades privadas contratadas, voltada à promoção de conteúdo político-partidário nas redes sociais, mediante possível utilização de recursos públicos”.

O legislador bolsonarista criticou uma suposta “omissão” do Poder Judiciário uma vez que “tem se mantido em silêncio diante da atual mobilização de influenciadores e agências a favor do governo federal”. Para Gayer, o ponto de partida da mobilização ocorreu durante o 2 de julho, data que marca a independência do Brasil na Bahia. 

“O ponto de partida para a presente investigação é o lançamento do site ‘Influenciadores com Lula’, anunciado em 2 de julho do corrente ano pelo Partido dos Trabalhadores (PT), com o objetivo explícito de recrutar e organizar influenciadores digitais para promover a campanha ‘Taxação BBB – Bilionários, Bancos e Bets’, uma bandeira política associada diretamente ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, diz Gayer no documento.

“O que chama a atenção — e torna os fatos ainda mais graves — é a existência de indícios de que agências de publicidade e influenciadores digitais possam estar sendo financiados por verbas públicas oriundas da Secretaria de Comunicação Social (Secom), de ministérios e bancos públicos, para a disseminação de narrativas favoráveis ao governo federal, com eventual atuação integrada a campanhas partidárias, inclusive com disparos coordenados, conteúdo orientado e métricas estratégicas”, acrescentou.

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