Publicado em 28/07/2025 às 12h13.

Bruno minimiza migração de aliados para base de Jerônimo e diz que eleitorado decide eleição

“Se fossem os prefeitos que decidissem as eleições e não o povo, Valdir Pires não teria sido governador, Wagner não teria sido governador da Bahia", afirmou

Gabriela Araújo / André Souza
Foto: Divulgação

 

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), minimizou neste fim de semana a migração de prefeitos da base de ACM Neto (União Brasil) para a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e afirmou que quem define o resultado das eleições é o eleitorado, não os gestores municipais.

A declaração ocorre após o prefeito de Mansidão, Dr. Juvio (União Brasil), anunciar apoio a Jerônimo e romper com o grupo político liderado por ACM Neto, ex-prefeito da capital e principal nome da oposição ao governo estadual.

“Se fossem os prefeitos que decidissem as eleições e não o povo, Valdir Pires não teria sido governador da Bahia, Wagner não teria sido governador da Bahia, ACM em 1990 não teria sido governador da Bahia”, afirmou Bruno. “Esse movimento dos prefeitos é algo natural, que ocorre em todos os estados.”

Bruno citou exemplos de outros estados onde a maioria dos prefeitos apoia o governo estadual, como Alagoas, Ceará, Pernambuco e Rio de Janeiro, para sustentar que esse tipo de realinhamento político é comum. Segundo ele, muitos municípios de menor porte não têm autonomia administrativa e dependem do apoio dos Executivos estadual e federal.

Apesar da movimentação, o prefeito disse que a oposição permanece coesa e que há um sentimento crescente de insatisfação com o governo petista na Bahia, no poder há quase duas décadas.

“O sentimento de mudança é muito maior do que o de continuidade. São 20 anos em que os problemas se agravaram. A Bahia voltou a liderar o ranking nacional da violência, e há dificuldades em áreas como emprego, educação e assistência social”, declarou.

Bruno afirmou ainda que percebe nas ruas um desejo de alternância no comando do estado. “Ontem, andando no Centro Histórico, o que mais escutei foi: ‘chega, já deu, precisa tirar essa turma’”, concluiu.

Gabriela Araújo

Jornalista, com experiência em internet, assessoria política, social media e rádio. Bicampeã do Prêmio Jânio Lopo de Jornalismo, concedido pela Câmara Municipal de Salvador (CMS).

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