Publicado em 28/07/2025 às 18h57.

Senadores cobram ligação de Lula a Trump para tentar reverter tarifaço contra o Brasil

Para parlamentares, iniciativa de Lula não traria prejuízo político

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Diante da iminente entrada em vigor do tarifaço anunciado por Donald Trump, que impõe alíquota de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, parlamentares da comitiva brasileira em missão nos Estados Unidos passaram a defender uma intervenção direta do presidente Lula. Para eles, uma ligação ao presidente norte-americano pode ser decisiva para reabrir o diálogo e tentar evitar perdas ao agronegócio e à indústria nacional.

A senadora Tereza Cristina (PP-MS) afirmou nas redes sociais que Lula deveria buscar contato direto com Trump. “O Brasil não pode ser refém do populismo e da vaidade de quem governa”, disse a parlamentar, que integra o grupo de senadores em Washington. A mesma linha foi seguida pelo senador Esperidião Amin (Progressistas-SC), que avaliou que uma iniciativa de Lula não traria prejuízo político. “Até uma reação hostil ou de indiferença de Trump à iniciativa de Lula será benéfica para ele. O Lula não tem nada a perder. Só a ganhar”, defendeu.

Trump justificou a nova política tarifária como retaliação ao que considera perseguição judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe em 2022. O republicano chamou o processo de “caça às bruxas” e foi criticado por parlamentares democratas por tentar interferir na Justiça brasileira.

Em resposta ao anúncio, o presidente Lula declarou que o Brasil “não aceitará ser tutelado por ninguém” e sinalizou que o governo estuda medidas com base na Lei da Reciprocidade Econômica. Nos bastidores, no entanto, cresce a pressão para que o Palácio do Planalto reaja com articulação diplomática mais direta, diante do risco de prejuízos bilionários ao setor exportador.

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