Publicado em 04/08/2025 às 19h00.

João Roma e deputados do PL baiano criticam prisão de Bolsonaro

Eles criticaram duramente a medida, classificando-a como arbitrária, desproporcional e sem respaldo jurídico

Luana Neiva
Foto: Montagem / bahia.ba

 

Após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (4), deputados baianos do Partido Liberal (PL) e o presidente do PL na Bahia, João Roma, se manifestaram sobre a ação em entrevista ao bahia.ba. Eles criticaram duramente a medida, classificando-a como arbitrária, desproporcional e sem respaldo jurídico.

“Trata-se de uma prisão completamente absurda, fora de qualquer parâmetro razoável — não apenas desproporcional, mas distante de qualquer respaldo jurídico. Bolsonaro não descumpriu nenhuma das medidas impostas pelo ministro, mas o que vemos é uma postura que parece movida por vingança, por uma perseguição clara, com o objetivo de silenciar qualquer voz que o desagrade. Essa escalada tem causado prejuízos não só ao direito, mas também à própria Constituição brasileira. É algo que, hoje, envergonha não apenas o Brasil, mas repercute negativamente no cenário internacional”, afirmou Roma.

O deputado Diego Castro também criticou a decisão, classificando-a como inédita na história do processo penal brasileiro. Segundo ele, há uma evidente violação do direito à liberdade de expressão.

“A decisão é absurda, inédita na história do processo penal brasileiro. Estamos vendo alguém ser punido com prisão domiciliar por exercer o direito à liberdade de expressão. Em outros momentos, vimos pessoas já condenadas em todas as instâncias — como o próprio Lula — sendo liberadas para conceder entrevistas e até incitar sua militância. Já Bolsonaro, que sequer foi condenado criminalmente, está sofrendo essas medidas restritivas completamente desproporcionais”, disse Castro.

Por fim, o deputado Leandro de Jesus ressaltou que a decisão representa mais uma etapa de um projeto autoritário que, na sua avaliação, está fadado ao fracasso. “Isso é mais uma etapa da tirania de Moraes, mas que não vai resistir. Ele pode até dobrar a aposta agora, mas essa guerra ele já perdeu. Mais cedo ou mais tarde, terá de responder pelos abusos que tem cometido. Inclusive, já começou a ser punido por legislações internacionais, como a lei Magnitsky”, afirmou o parlamentar.

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