Publicado em 09/08/2025 às 18h11.

Marina Silva classifica preços de hospedagem para COP30 em Belém como extorsão

Segundo a ministra, a rede hoteleira da cidade tem praticado preços até dez vezes superiores ao normal

Redação
Foto: Rogério Cassimiro/ MMA

 

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, classificou como “extorsão” os valores cobrados por hospedagens em Belém (PA) durante a COP30, marcada para novembro. Segundo ela, a rede hoteleira da cidade tem praticado preços até dez vezes superiores ao normal, enquanto em outras edições do evento o aumento costuma ser de duas a três vezes.

“O que está acontecendo é muito grave, uma extorsão. […] O evento não pode ser encarado como uma oportunidade de ganhar dinheiro”, disse Marina neste sábado (9), a Folha de São Paulo, durante evento no Sesc Pinheiros sobre a participação da juventude na conferência.

A preocupação do governo Lula (PT) é que o custo impeça a participação de países mais pobres. “Está sendo feito um esforço muito grande para garantir preços acessíveis a países em desenvolvimento e suas delegações”, afirmou a ministra.

Marina disse acreditar que a articulação entre a presidência da conferência, o governo do Pará e a União possa ajudar a reduzir os valores, mas alertou para o impacto histórico do caso.

“Isso vai ficar para a história. Nos registros sobre a COP de Belém sempre serão citados os altos preços”, declarou.

Preços abusivos

O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, afirmou em julho que países têm pressionado o Brasil a transferir a sede da conferência climática da ONU de Belém (PA) para outra cidade, diante da cobrança de preços considerados abusivos pela rede hoteleira local. O evento está previsto para novembro de 2025.

Segundo o diplomata, em alguns casos o valor das diárias foi multiplicado por até 15 vezes, o que tem dificultado a organização e provocado reações de delegações internacionais. “Se na maioria das cidades onde as COPs aconteceram os hotéis começaram a pedir o dobro ou o triplo do valor, no caso de Belém, os hotéis estão pedindo mais de 10 vezes os valores normais”, disse.

 

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