‘Não vamos negociar nossa soberania’, afirma Hugo Motta
Presidente da Câmara diz que Brasil vive momento complexo e objetivo é colocar interesses do país em primeiro lugar

Em entrevista na manhã desta segunda-feira (11) à Veja, Hugo Motta falou sobre motim na Câmara dos Deputados, atuação de Eduardo Bolsonaro e taxação dos Estados Unidos sobre o Brasil. “O objetivo é colocar os interesses do país em primeiro lugar, não negociar nossa democracia, não negociar nossa soberania, proteger nossa indústria, nossos empregos e trabalhar para que a normalidade institucional possa voltar, mesmo entendendo toda essa complexidade do momento”, afirma.
Motta afirmou não ter preconceito com nenhuma pauta, mas discorda do motim. “Esse movimento da oposição foi completamente fora do razoável e fora daquilo que o nosso regimento permite. Isso é inaceitável”, disse. Segundo ele, mais de 400 parlamentares não concordaram com essa forma de obstrução, e as pautas que poderiam ter apoio, perdem força.
Por decisão unânime, a mesa diretora da Câmara dos Deputados encaminhou os pedidos de punição para a Corregedoria da Câmara, que analisará o comportamento de cada parlamentar que participou do movimento e tem um prazo de 48h para se manifestar . O resultado sobre a punição para 14 deputados do PL, PP e do Novo será apresentado ao Conselho de Ética da Casa.
Motta negou que houve negociação para dar prioridade às pautas levadas pelos deputados da base bolsonarista. Apesar de dar opinião sobre a anistia, ele avalia que a Casa tem dificuldades em aceitar uma anistia geral, ampla e irrestrita, “até porque houve planejamento da morte de pessoas”, diz.
“O segundo semestre terá muitas outras matérias importantes sendo priorizadas na pauta da Câmara”, afirma. Ele cita projetos como a PEC da Segurança, o novo Plano Nacional de Educação e a regulamentação da inteligência artificial, “matéria que está sendo muito, mas muito priorizada em todos os parlamentos do mundo.”
As medidas provisórias que terão prioridade de votação são as indicadas pelo governo, como a taxação dos bancos, bets e fintechs, regulamentação de datacenters, do setor de energia e a nova comissão dos portos.
Sobre o plano de contingência em resposta às taxas impostas pelos Estados Unidos, Motta disse ter uma preocupação muito grande com as questões internacionais e está de prontidão para agir de acordo com aquilo que o país precisa.
O presidente da Câmara criticou a influência de Eduardo Bolsonaro na taxação. Segundo Motta, cada parlamentar tem autonomia e liberdade para agir e o deputado pode defender o que acredita, até a inocência de Bolsonaro, mas não admite um atentado contra o país. “Não posso concordar com um parlamentar que está fora do país atentando contra o Brasil”, concluiu.
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