Publicado em 12/08/2025 às 20h20.

‘Névoa mental’ na menopausa: ginecologista explica sintomas que afetam memória e foco

Fenômeno está diretamente ligado às mudanças hormonais dessa fase; entenda

Redação
Foto: Freepik

 

Esquecer onde colocou as chaves, perder o raciocínio no meio de uma conversa ou sentir que a mente está “mais lenta” são situações comuns para muitas mulheres que atravessam a transição da menopausa. Esse conjunto de sinais é conhecido como névoa mental, termo usado para descrever alterações cognitivas que afetam memória, atenção e capacidade de concentração.

Segundo o ginecologista Dr. Jorge Valente, especialista em saúde metabólica e longevidade, o fenômeno está diretamente ligado às mudanças hormonais dessa fase. “A paciente da menopausa tem vários sintomas do sistema nervoso central. A névoa mental é justamente todo esse impacto no cérebro da mulher dessa fase de transição, causando alterações no sono, na cognição, na memória e no humor”, explica.

O médico destaca que a queda nos níveis de estrogênio, hormônio essencial para o funcionamento cerebral, desacelera o raciocínio e reduz a capacidade de foco. “Com menos estrogênio, o cérebro feminino literalmente desacelera. O raciocínio fica mais lento, o foco diminui e a mulher sente como se estivesse menos eficiente mentalmente”, afirma. Entre os sinais que merecem atenção estão esquecimentos frequentes, dificuldade de concentração, sono não reparador, alterações de humor e cansaço mental persistente.

Embora o sintoma possa gerar preocupação, Dr. Valente reforça que não se trata, na maioria dos casos, de doenças neurológicas graves. “São manifestações comuns da transição hormonal, mas que merecem atenção e acompanhamento médico”, orienta.

Para amenizar o quadro, ele recomenda mudanças de hábitos e, se necessário, tratamentos específicos: prática regular de exercícios aeróbicos, alimentação anti-inflamatória rica em vegetais e ômega-3, sono de qualidade e técnicas de controle do estresse, como meditação.

“O cérebro feminino responde muito bem quando oferecemos as condições certas. Ao equilibrar hormônios e adotar um estilo de vida saudável, os sintomas tendem a diminuir significativamente”, conclui.

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