Publicado em 13/08/2025 às 09h48.

‘O povo tinha razão de estar meio puto’, diz Lula sobre inflação

Presidente disse não levar em consideração a avaliação negativa que mantêm no meio empresarial: "Nunca me preocupei"

Redação
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu na terça-feira (12) que a população tinha motivos para se irritar com o governo diante da alta nos preços dos alimentos decorrente da inflação nos últimos meses.

“O povo tinha razão de estar meio puto porque o feijão tava caro, a carne tava cara. O povo tem razão e agora nós temos que ter o compromisso de melhorar, e as coisas estão melhorando”, afirmou em entrevista à BandNews.

Segundo matéria do InfoMoney, Lula minimizou ainda a importância da avaliação negativa que recebe entre empresários, afirmando que não considera o segmento como parte de sua base eleitoral. “Eu nunca me preocupei com o comportamento eleitoral do empresariado, porque acho que a maioria nunca votou em mim. Comigo tem uma questão de pele, sabem de onde eu vim, sabem da minha origem, não deixo de dizer de que lado eu tô, pra quem eu governo”, disse.

A declaração ocorre em meio à pressão promovida pelo setor produtivo para que a gestão de petista disponibilize o plano de contingência para auxiliar as empresas afetadas pelo tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.

Após longa expectativa, a medida, que contempla uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para empresas e microempreendedores dos setores impactados pela sobretaxa americana, foi anunciada na manhã desta quarta-feira (13).

A aprovação do petista tem melhorado em meio a crise com os Estados Unidos. De acordo com a última pesquisa Datafolha, a avaliação do governo Lula apresenta estabilidade, com 40% dos entrevistados considerando o governo ruim ou péssimo e 29% o avaliando como ótimo ou bom. Na rodada anterior, eram 40% de reprovação e 28% de aprovação, enquanto o índice de regular recuou de 31% para 29%.

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