Publicado em 14/08/2025 às 16h37.

Eduardo Bolsonaro prevê novas sanções dos EUA e diz que STF não sairá ‘vitorioso’

"Os ministros do Supremo têm que entender que perderam o poder", afirmou o parlamentar

Redação
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

 

O deputado federal licenciado, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta quinta-feira (14) que espera novas sanções dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras, além de possíveis tarifas adicionais sobre produtos nacionais. As declarações foram dadas em entrevista à agência Reuters, em Washington, após reuniões com autoridades americanas.

Segundo o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a redução das tarifas sobre exportações brasileiras dependeria de concessões do Supremo Tribunal Federal (STF). “Os ministros do Supremo têm que entender que perderam o poder. Não há cenário em que o Supremo saia vitorioso desse imbróglio. Eles estão em conflito com a maior potência econômica do mundo”, afirmou.

Em manifestações recentes, o presidente norte-americano, Donald Trump, tem defendido Jair Bolsonaro, classificando o processo contra ele como “execução política”. “Eu acho que ele é um homem honesto”, disse Trump nesta quinta.

O republicano também classificou o Brasil como péssimo parceiro comercial. “O Brasil tem sido um péssimo parceiro comercial em termos de tarifas — como você sabe, eles nos cobram tarifas enormes, muito, muito maiores do que as que nós cobramos, e, basicamente, nós nem estávamos cobrando nada. (…) Eles cobram tarifas enormes e tornaram tudo muito difícil de fazer. Então, agora estão sendo cobrados 50% de tarifas, e não estão felizes, mas é assim que funciona”.

Eduardo classificou as tarifas impostas pelos EUA a produtos como carne bovina, café, peixe e calçados como um “remédio amargo” diante da situação jurídica do pai. “Não vai funcionar abordar isso apenas pela perspectiva comercial. É preciso haver um sinal primeiro para os EUA de que estamos resolvendo nossa crise institucional”, afirmou.

Na quarta-feira (13), o Departamento de Estado dos EUA revogou o visto de brasileiros ligados ao programa Mais Médicos, criado em 2013 com convênio com Cuba. Eduardo disse acreditar que as medidas poderão atingir o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e a ex-presidente Dilma Rousseff.

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