Jornalista. Apaixonado por futebol e política. Foi coordenador de conteúdo no site Radar da Bahia, repórter no portal Primeiro Segundo e colunista nos dois veículos. Atuou como repórter na Superintendência de Comunicação da Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas e atualmente é repórter de política no portal bahia.ba.
Declaração de Motta sobre anistia é ‘lamentável’, critica Capitão Alden
O político baiano citou alguns exemplos de presos anistiados

O deputado federal Capitão Alden (PL-BA) classificou com lamentável a declaração do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Em entrevista à Globonews nesta quinta-feira (14), Motta afirmou que não há clima para “anistiar quem planejou matar pessoas”.
Ao bahia.ba, o parlamentar, que também é vice-líder da oposição na Casa, criticou a esquerda que, segundo ele, “tem gritado que a anistia aos presos do 8 de janeiro é consagrar a “impunidade”.
Alden disse que “a esquerda esquece – ou finge esquecer – que muitos lideres da extrema esquerda foram beneficiados por uma anistia muito mais ampla: Foram anistiados autores de crimes graves: assaltos a banco, sequestros de diplomatas, atentados terroristas, homicídios políticos. Crimes de sangue!”, pontuou o deputado.
O político baiano citou alguns exemplos de presos anistiados. O primeiro foi José Genoíno, Militante da Guerrilha do Araguaia. Ele integrou o Movimento guerrilheiro criado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), e tinha por objetivo fomentar uma revolução socialista armada, foi condenado na década de 1970.
“Este movimento tinha contra si, acusações de sequestros, assassinatos e atentados a bomba”, disse Alden ao bahia.ba.
O segundo citado é Luís Carlos Prestes, condenado em 1940 por assassinato (Elza Fernandes), anistiado em 1945 por Vargas. Alden afirmou que quando brasileiros estão presos por protestar, gravar vídeos, postar opiniões, ou até por estarem em frente a um quartel, o discurso muda. “A prisão virou arma política. Muitos sequer tiveram julgamento justo, foram vítimas de prisão preventiva sem prazo, abuso de autoridade e processos sigilosos”, pontuou o deputado.
O parlamentar defendeu que a anistia não é impunidade. “É um instrumento legítimo da democracia, previsto na Constituição e usado para pacificar a Nação. Se houve excessos, que sejam tratados dentro da lei. Mas transformar cidadãos comuns em ‘terroristas’, aplicar penas maiores que as aplicadas a homicidas, enquanto o Brasil convive com criminosos de verdade soltos nas ruas — isso sim é injustiça. E mais: não houve golpe. Não houve tomada de poder”, garantiu.
O deputado disse que o que houve no dia 8 de janeiro foi “uma manifestação que terminou em atos de vandalismo, condenáveis — mas que não justificam transformar milhares de pessoas em ‘inimigos do Estado’ para calar a oposição e intimidar o povo”.
Entenda o caso
Em entrevista na manhã desta quinta-feira (14) ao programa Conexão, da Globonews, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que não vê dentro da Casa um ambiente para anistia “ampla, geral e irrestrita”, como defendem apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A declaração de Motta acontece uma semana após parlamentares ocuparem os plenários da Câmara e do Senado na tentativa de pressionar pela aprovação de um pacote de medidas, que incluía uma anistia para todos os envolvidos nos atos antidemocráticos do ano passado.
Bolsonaro é réu no STF
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) se tornou réu no STF (Supremo Tribunal Federal), por envolvimento na suposta tentativa de golpe de Estado em janeiro de 2023.
Bolsonaro e mais sete, que integram o chamado ‘núcleo 1’, respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. Se condenados, as penas podem passar de 30 anos de prisão.
Punhal Verde e Amarelo
O general Mario Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), admitiu ser o autor do plano “Punhal Verde e Amarelo”.
De acordo com as investigações, o plano previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes.
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