João Roma critica visitas a Bolsonaro: ‘Muitas são por promoção’

Após a notícia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reclamou de algumas visitas que recebeu desde que passou a cumprir prisão domiciliar, o presidente do PL Bahia, João Roma, afirmou ao bahia.ba que enxerga a situação do político, primeiramente, com “muita indignação” e que as visitas precisam ser positivas tanto para ele quanto do ponto de vista jurídico.

“Até pela agenda, porque, às vezes, vamos supor, foram muitos pedidos para que as pessoas visitem o presidente Bolsonaro. E, para ir uma por vez, termina que chega dezembro e não consegue dar vencimento à visita de cada um. Então, eu acho que é importante realmente que se coloque uma linha de relevância, para não só priorizar, mas também selecionar realmente quem vai, porque, às vezes, mais do que ser algo relevante para ele, é alguém que busca fazer isso por promoção, para dizer que esteve com ele e tal”, disse Roma.

O ex-ministro ainda pontuou que houve um despacho do ministro Alexandre de Moraes, na terça-feira (14), determinando que, como o próprio Bolsonaro havia solicitado visitas com algumas pessoas, todos os pedidos individuais foram considerados prejudicados. “Isso porque praticamente todos os deputados do partido solicitaram visitas”, contou.

Por fim, Roma disse que ainda não conseguiu visitar o ex-presidente, mas que isso está nos seus “planos”.

Entenda

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reclamou de algumas visitas que recebeu desde que cumpre prisão domiciliar, segundo O Globo. O deputado federal baiano Capitão Alden (PL), vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, tem sua visita prevista para a próxima quarta-feira (20).

Bolsonaro está preso em casa desde 4 de agosto por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.  O ex-presidente disse a aliados políticos que quer receber apenas aliados políticos importantes e pessoas com quem têm amizade.

Bolsonaro pediu que todos os pedidos de autorização sejam aprovados por ele antes de serem enviados para o ministro do Supremo Alexandre de Moraes.