Hugo Motta rejeita ‘anistia ampla e irrestrita’ para atos do 8 de janeiro

Na semana anterior, apoiadores do ex-presidente chegaram a ocupar os plenários da Câmara e do Senado

Redação

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), afirmou nesta quinta-feira (14) que não vê, no atual momento, um ambiente favorável dentro da Casa para aprovar uma anistia “ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Na semana anterior, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegaram a ocupar os plenários da Câmara e do Senado em uma tentativa de pressionar os parlamentares pela aprovação de um pacote de medidas, entre elas, a anistia aos responsáveis pelos ataques às sedes dos Três Poderes.

“Um projeto auxiliar começou a ser discutido ainda no semestre passado, que não seria uma anistia ampla, geral e irrestrita. Eu não vejo dentro da Casa um ambiente para, por exemplo, anistiar quem planejou matar pessoas, não acho que tenha esse ambiente dentro da Casa”, disse Motta, em entrevista à GloboNews.

Mais cedo, o deputado federal Capitão Alden (PL) classificou com lamentável a declaração do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Em entrevista à Globonews nesta quinta-feira (14), Motta afirmou que não há clima para “anistiar quem planejou matar pessoas”.

Entenda

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) se tornou réu no STF (Supremo Tribunal Federal), por envolvimento na suposta tentativa de golpe de Estado em janeiro de 2023.

Bolsonaro e mais sete, que integram o chamado ‘núcleo 1’, respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. Se condenados, as penas podem passar de 30 anos de prisão.