Ana Cecília Ferreira aborda identidade e pertencimento em novo livro
Escritora baiana explora identidade, pertencimento e representatividade negra em obra sobre transição capilar

A escritora Ana Cecília Ferreira lança, no dia 23 de agosto (sábado), o seu terceiro livro. “Preta” dá luz e voz ao processo de pertencimento e identidade através de transições capilares e outros movimentos de vida da autora e de outras mulheres, rompendo com padrões estéticos e de comportamento a fim de resgatar a originalidade. O lançamento acontece no Cine Teatro de Lauro de Freitas, às 18h, em um evento que contará com a participação especial de outros artistas.
Lançado pela editora BFK Books — da qual a baiana foi convidada para integrar o conselho editorial — “Preta” apresenta essas histórias através de poesias e prosas poéticas. “É um livro que convida ao movimento de vida. É um grito de liberdade. Depois de tantos anos eu fui ficando desconfortável no meu próprio corpo e comecei uma jornada em busca de preencher o meu grande vazio, até descobrir que aquele espaço que fazia eco nos meus dias inteiros era a saudade que eu sentia de mim, saudades das originalidades que carrego na minha cabeça e que não me deixam fugir de mim, que me aproximam das minhas ancestrais e me põem de frente com a minha própria beleza, eram meus cachos me chamando de volta”, destaca Ana.
A autora lembra que fazer a transição capilar a auxiliou em um processo de identificação e de se reconhecer. “Resgatei memórias que tornaram esse livro ainda mais possível, memórias de vovó fazendo trança, enlaçando meus fios em trançados, enlaçando os fios de amor, afeto, defendendo a minha originalidade. Minha avó já dizia do quanto meu cabelo era lindo. A poesia de ‘Preta’ narra identidade, afeto e representatividade negra”, afirma.
Além de revisitar a sua história para a produção do livro, Ana Cecília entrevistou outras mulheres que contaram sobre os seus processos de transições capilares e de novas escolhas pessoais. O livro versa ainda sobre questões de raça, intolerância religiosa, feminismo, amor e pluralidades. “A coragem de ser quem se é com tudo que se tem. Tudo que vem junto e misturado. Preta é um plural de tudo isso. Quero viver conforme os princípios da minha ética de vida e estar sempre aberta a novas possibilidades saudáveis mental e fisicamente. Não quero responder ao imperativo social que dita uma infinidade de regras, mas que não ressoam em mim”, defende Ana Cecília.
Terceiro livro de sua trajetória literária, “Preta” dialoga diretamente com os dois lançamentos anteriores da autora baiana e também, claro, com a sua biografia. Em “Parida pela Liberdade”, ela fala do bullying sofrido na infância por ser filha de uma Yalorixá. Já “Nossa Pele” é uma coletânea de prosas poéticas e textos curtos nos quais ela narra atravessamentos cotidianos de sua existência.
Membro da Academia de Cultura da Bahia (ACB) e da Academia de Letras e Artes de Lauro de Freitas, Ana vem despontando como uma referência na escrita negra contemporânea no estado, com participação em diversos eventos literários. Ela é, pela segunda vez, curadora da FLILAURO, a Festa Literária Inclusiva de Lauro de Freitas, que acontece em setembro. Ana assina e dirige, em Salvador, o projeto social “Do Avesso à Palavra”, em incentivo à escrita de mulheres; tem poemas publicados em antologias nacionais e internacionais e coordena o projeto “A Hora da História”, em incentivo à leitura infantil.
Psicóloga, Ana Cecília Ferreira tem um trabalho voltado para diversas mulheres em vulnerabilidade social, visando a superação de problemas. Sua infância foi marcada pelo bulliyng e intolerância religiosa e sua escrita tem o objetivo de mostrar que mulheres, ainda que com suas marcas, podem aquilo que elas quiserem. Seu olhar é voltado para a luta contra o preconceito contra as religiões de matriz africana, o racismo e a homofobia, mas ela também narra o amor como combustível da sua vida.
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