Publicado em 03/09/2025 às 10h25.

Produção industrial do Brasil cai 0,2% em julho

13 das 25 atividades industriais do indicador apresentaram queda no percentual de produção durante o sétimo mês de 2025

Redação
Foto: Joá Souza/GOVBA

 

A produção industrial brasileira registrou uma queda de 0,2% em julho, no comparativo com o mês anterior, é o que informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em dados divulgados nesta quarta-feira (3). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção subiu 0,2%. As informações são do portal InfoMoney.

O resultado veio conforme o projetado por analistas que previam uma queda de 0,2% na variação mensal e de alta de 0,3% na base anual. Com isso, o comportamento predominantemente negativo do indicador permanece, assim como nos três meses anteriores, período em que acumulou perda de 1,5%.

Com o resultado, a produção industrial se encontra 1,7% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas ainda 15,3% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. No comparativo com julho de 2024, a produção industrial subiu 0,2%.

No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial avançou 1,1%, e, em 12 meses, 1,9%. A média móvel trimestral caiu 0,3% no trimestre encerrado em julho, frente ao nível do mês anterior, após também registrar queda em junho (-0,4%).

13 das 25 atividades industriais do indicador apresentaram queda no percentual de produção. O grupo de Metalurgia exerceu o maior impacto, com queda de 2,3%, interrompendo dois meses consecutivos de avanço, quando acumulou ganho de 1,6%.

Outros destaques negativos vieram das atividades de outros equipamentos de transporte (-5,3%), de impressão e reprodução de gravações (-11,3%), de bebidas (-2,2%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-3,7%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,0%), de produtos diversos (-3,5%) e de produtos de borracha e de material plástico (-1,0%).

Por outro lado, entre as onze atividades que apresentaram alta em sua produção, os principais impactos positivos foram vistos nos grupos de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (7,9%), produtos alimentícios (1,1%), indústrias extrativas (0,8%) e produtos químicos (1,8%). Outros destaques foram vistos nos grupos produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,6%), máquinas e equipamentos (1,2%) e celulose, papel e produtos de papel (0,7%).

Ainda na passagem de junho para julho, bens de consumo duráveis (-0,5%) e bens de capital (-0,2%) registraram taxas negativas em julho de 2025, com ambas voltando a recuar após avanço de 0,2% no mês anterior.

Por outro lado, os setores produtores de bens intermediários (0,5%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,1%) mostraram resultados positivos neste mês, com o primeiro eliminando a perda de 0,2% acumulada nos meses de junho e maio e o segundo interrompendo três meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou perda de 5,6%.

Para o gerente de pesquisa, André Macedo, o resultado do sétimo mês do ano é “um sinal importante da menor intensidade que marca o comportamento da indústria desde abril é evidenciado pelo pequeno saldo positivo em relação ao patamar de dezembro de 2024 – nesse momento, a indústria está apenas 0,3% acima do patamar que encerrou o ano passado”.

“Em termos conjunturais, destaca-se os efeitos de uma política monetária mais restritiva – que encarece o crédito, eleva a inadimplência e afeta negativamente as decisões de consumo e investimentos. Esses fatores contribuíram para limitar o ritmo de crescimento da produção industrial no período, refletindo-se em resultados mais moderados frente aos meses anteriores”, analisa Macedo.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.