Publicado em 14/09/2025 às 07h30.

Gleisi Hoffmann volta a indicar possibilidade de redução de penas para envolvidos no 8/1

Em outra ocasião, a ministra já havia defendido a validade da discussão da pauta, mas havia voltado atrás na declaração

Redação
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

 

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), voltou a falar, no sábado (13), sobre a possibilidade de redução de pena para os envolvidos nos ataques à Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

“Se querem discutir redução de pena, é outra coisa. Cabe a dosimetria ao Supremo Tribunal Federal ou até o Congresso avaliar e ter um projeto, mas aí é redução de pena, não tem a ver com anistia, não tem a ver com perdão”, afirmou a ministra em um evento estadual do PT no Paraná.

Gleisi defendeu a validade da discussão sobre o tema em Brasília, seja ela realizada no Congresso ou no STF. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Esta, porém, não é a primeira vez em que a ministra faz declarações neste sentido. Em outra ocasião, Gleisi afirmou que a anistia ou redução de pena “em relação a algumas pessoas” envolvidas nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro seria algo “plenamente defensável do ponto de vista de muitos parlamentares que estão ali, talvez a gente até tenha que fazer essa discussão mesmo no Congresso”.

Mais tarde, no entanto, a ministra ela voltou atrás e disse que cabia ao judiciário a decisão sobre os ataques promovidos por apoiadores de Bolsonaro. Segundo informações da Folha, a mudança de posicionamento de Gleisi teria ocorrido para desfazer ruídos com o STF.

Pauta cara ao governo, o PT tenta, por meio da própria ministra, conter discussões desse teor na Câmara. Há um temor de que o avanço do projeto de lei pela anistia possa beneficiar não apenas os envolvidos nos ataques aos três poderes, mas também a Bolsonaro.

“Não podemos de maneira nenhuma olhar ou piscar para a questão da anistia. Vamos ser firmes, vamos ter que enfrentar o Congresso nesta pauta”, afirmou a ministra. Em seguida, Gleisi destacou que o perdão a Bolsonaro e aos outros sete réus condenados pela trama golpista seria “um presentinho para Donald Trump”.

Em sua fala no evento, Gleisi também fez críticas ao ministro Luiz Fux, único dos 5 membros da Primeira Turma do STF, responsável pelo julgamento de Bolsonaro, que votou pela não condenação do ex-presidente.

“Foi um desserviço aquele voto, uma vergonha nacional. Deu condições a eles de fazer uma narrativa e ficar, depois, questionando o processo, mas os outros votos foram primorosos”, disse ela.

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