Publicado em 16/09/2025 às 11h58.

Gleisi Hoffmann acusa Bolsonaro de ‘traição’ após críticas dos EUA

Ministra afirma que ex-presidente teria incitado os Estados Unidos a retaliar o Brasil e defende decisão do STF

Redação
Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta terça-feira (16) que as recentes críticas de autoridades norte-americanas ao Brasil “confirmam a traição” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, manifestaram desaprovação à condenação de Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e indicaram que a administração de Donald Trump pretende retaliar a decisão.

Segundo Gleisi, Bolsonaro teria “incitado” os EUA a agir contra o Brasil. “As novas ameaças do governo Trump ao Brasil apenas confirmam a traição de Jair Bolsonaro, que incita uma potência estrangeira a atacar e punir os responsáveis pela Justiça em nosso país”, escreveu a ministra nas redes sociais.

Ela também criticou as declarações de Rubio e Leavitt, afirmando que eles distorcem os fatos sobre o julgamento de Bolsonaro e de seus aliados. Gleisi reforçou que o ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado, em decisão tomada no devido processo legal.

“O secretário de Estado Marco Rubio e a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, sabem muito bem que estão mentindo sobre o julgamento de Bolsonaro e seus cúmplices pelo STF. Eles foram condenados legalmente por tentativa de golpe. Ao contrário do que difundem, o processo preservou o estado de direito democrático no Brasil. Ilegal, autoritário e abusivo é atentar contra a soberania de outro país, como vem fazendo o governo Trump para livrar Bolsonaro das penas a que foi condenado”, declarou.

Na segunda-feira (15/9), Rubio afirmou à Fox News que os EUA devem responder à condenação do ex-presidente “na próxima semana ou algo assim”. Ele citou ações de juízes brasileiros, alegando perseguição a Bolsonaro e potenciais impactos extraterritoriais contra cidadãos americanos.

Por sua vez, Karoline Leavitt afirmou que a administração americana pode utilizar “o poder militar” do país para “garantir a liberdade de expressão”, mas não detalhou ações específicas. “Eu não tenho nenhuma ação adicional para antecipar para vocês hoje”, disse a porta-voz, acrescentando que a proteção da liberdade de expressão é uma prioridade da Casa Branca.

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