Publicado em 21/09/2025 às 16h30.

Ação de limpeza no Porto da Barra retira 180 kg de lixo do mar

Ação do grupo Mergulho Pirata, com apoio da Limpurb e do Greenpeace, mobilizou 80 voluntários no Clean Up Day

Redação
Foto: Divulgação/ Assessoria

 

A Prefeitura, por meio da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), apoiou neste domingo (21) mais uma grande ação de limpeza do fundo do mar no Porto da Barra, uma das praias mais emblemáticas e movimentadas da capital baiana. Ao todo, quase 180 kg de resíduos foram retirados da costa marinha, entre plásticos, metais, alumínio, vidro e outros materiais não biodegradáveis que oferecem riscos tanto aos animais marinhos quanto aos banhistas.

A iniciativa foi realizada pelo grupo de mergulhadores e instrutores Mergulho Pirata, em parceria com facilitadores locais do Greenpeace Salvador, e fez parte das atividades do Clean Up Day, movimento global de conscientização ambiental voltado ao combate à poluição nos oceanos. A ação mobilizou 80 voluntários, que se dividiram entre a faixa de areia e a área marinha costeira mais próxima da praia. A Limpurb garantiu apoio logístico, fornecendo luvas, sacolas para acondicionamento dos resíduos, hidratação para os participantes e realizando a coleta final do material retirado.

Entre os itens encontrados estavam centenas de tampinhas de garrafa, palitos de madeira, latinhas, garrafas de vidro — algumas quebradas —, embalagens plásticas, restos de linhas e redes de pesca, cabos, fios, isqueiros, pentes e até peças de roupa. Muitos desses materiais oferecem graves riscos de acidentes.

O mergulhador Felipe Paranhos, um dos líderes do Mergulho Pirata, destacou os perigos dos resíduos coletados:
“Uma das coisas que a gente mais costuma retirar do fundo do mar são os palitos de madeira, que aparecem tanto na área costeira marinha, à beira da praia, como na areia. Vários ainda têm ponta, o que pode perfurar o pé de um banhista ou causar dano à vida de um animal marinho. Também retiramos vidros quebrados da areia e da zona do mar mais próxima.”

Ele ainda alertou para os plásticos moles, como canudos, que trazem riscos à fauna marinha:
“Isso causa muitos acidentes, sobretudo com tartarugas, que às vezes confundem os plásticos com alimentos, já que esses materiais se assemelham a itens da cadeia alimentar delas. Acabam ingerindo e morrendo.”

O presidente da Limpurb, Carlos Gomes, reforçou o compromisso da Prefeitura em apoiar novas ações:
“É sempre gratificante para a Limpurb apoiar iniciativas como essa, que unem cuidado com o meio ambiente e conscientização da sociedade. Quando todos se juntam pela mesma causa, o resultado é sempre muito positivo para a cidade e para as futuras gerações.”

Já o mergulhador Ronaldo Batista, também líder do Mergulho Pirata, ressaltou a força da coletividade:
“O ponto forte de hoje foi a união de várias potências, cada líder incentivando o seu grupo para estar aqui com a gente fazendo esse trabalho magnífico. O resultado foi incrível. Eu não esperava tanto, até me surpreendi. Pelo fato de estarmos unidos, conseguimos retirar uma quantidade enorme de lixo do fundo do mar.”

As entidades envolvidas convocaram os voluntários por meio das redes sociais, e a adesão foi expressiva. Entre os 80 participantes estava o estudante Emerson, que destacou a importância da mobilização coletiva:
“É muito importante quando se tem tanta gente envolvida pelo bem maior. O meio ambiente é a nossa casa, e a gente tem que preservá-lo. Quanto mais ações, ONGs e apoio do poder público, melhor, porque ajuda a vida de todo mundo.”

Ele também contou que já adota cuidados individuais ao frequentar a praia:
“Eu, como banhista, quando venho, trago o meu saco plástico, coloco o lixo dentro e descarto no lugar certo. O ideal é que todo mundo faça isso porque, quando cada um faz a sua parte, no final dá tudo certo.”

Por fim, Emerson relatou que a experiência foi impactante:
“Eu fiz um mergulho e me assustei com a quantidade de lixo que avistei no fundo do mar. É algo que realmente nos choca. Essa é uma ação que precisa ser feita continuamente e, quanto mais tivermos mãos envolvidas, melhor.”

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