Gleisi cobra do Congresso avanço em pautas do governo após semana de derrotas

Após uma semana de derrotas no Legislativo, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou esperar que o Congresso Nacional avance nos próximos dias em pautas consideradas prioritárias para o governo federal. Entre elas estão o projeto de isenção do Imposto de Renda (IR), a medida provisória que cria o programa Agora tem Especialistas e o Projeto de Lei 168/25, que prevê garantias de crédito a empresas prejudicadas pelo chamado tarifaço de Donald Trump.

“Essa semana esperamos no Congresso Nacional o debate e a votação de pautas importantes para o povo brasileiro, como a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, a Medida Provisória do Agora tem Especialistas e o Projeto 168/25 que assegura garantia de crédito às empresas afetadas pelo tarifaço de Donald Trump”, escreveu Gleisi nas redes sociais.

Na última semana, o Congresso concentrou esforços na aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita ações penais contra parlamentares no Supremo Tribunal Federal (STF), apelidada de PEC da Blindagem, além da urgência do projeto que concede anistia a envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. As duas medidas provocaram críticas, repercutiram nas redes sociais e levaram milhares às ruas em protestos no domingo (21).

A ministra, que é responsável pela articulação política do governo, voltou a defender a rejeição da anistia e disse acompanhar “com atenção” o processo de cassação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos articulando sanções contra o Brasil.

“Vamos trabalhar pela rejeição da anistia, da impunidade e contra a redução de penas para os golpistas. E acompanharemos com muita atenção o processo contra Eduardo Bolsonaro, o traidor da pátria, na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados”, afirmou Gleisi.

Isenção do IR

A expectativa do governo é votar o projeto de isenção do Imposto de Renda até o fim de setembro. Em 21 de agosto, a Câmara aprovou a urgência da matéria, mas o texto não avançou desde então. A proposta é uma das principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O projeto prevê zerar o IR para quem recebe até R$ 5 mil, reduzir a alíquota para quem ganha até R$ 7.350 e ampliar a tributação sobre os chamados “super-ricos”.