Bruno Monteiro comenta polêmica do sombreiro: ‘Fake News’

Direitistas apontaram racismo em Veko Araújo fazendo sombra para Wagner Moura e Daniela Mercury durante os protestos da PEC da Blindagem

Fredie Ribeiro / Carolina Papa

Foto: Carolina Papa/bahia.ba e Reprodução/X (@sigasociedade)

O secretário de Cultura do Estado, Bruno Monteiro, comentou nesta sexta-feira (26) sobre a polêmica em torno de Veko Araújo, membro do Cortejo Afro, que foi acusado por membros da direita de racismo por abrigar a cantora Daniela Mercury e o ator Wagner Moura em seu sombreiro durante as manifestações contra PEC da Blindagem, no último domingo (21), em Salvador.

Os três estavam em cima de um trio elétrico onde conduziam os protestos no Farol da Barra. Em suas redes sociais, o próprio Veko reagiu às acusações, afirmando não se incomodar: “Só pros desavisados, sem noção e afins, quando coloco pessoas sob o sombreiro, não represento um negro que protege branco. Como todo o artista tem um instrumento, o meu instrumento sagrado é o sombreiro”, disse o artista.

Monteiro definiu as acusações como “fake news” e fruto de um “preconceito” de membros da direita.

Para ele, a escala das manifestações, que levaram a arquivação da PEC da Blindagem no Senado Federal, “incomoda” a extrema-direita. “Incomoda esses interesses [deles], que querem anistiar condenado por golpe de Estado, que querem a blindagem para político não ser investigado”, afirmou o secretário.

“A extrema-direita reage dessa forma porque está perdendo no debate político e democrático”, completou Monteiro, que ainda saiu em defesa de Veko Araújo. “Veko é um artista que é um patrimônio da Bahia, como é o Cortejo Afro, que ele representou tão bem, e representa sempre, e nós sabemos valorizar isso.”

As declarações foram feitas pelo secretário em entrevista ao bahia.ba durante o evento de lançamento do Edital Ouro Negro 2026.