Palmeiras critica Rogério Ceni após comentário sobre estilo de jogo de Abel

Diretor do clube paulista citou "falta de ética" do treinador do Bahia e detonou gramado da Fonte Nova

Redação

O embate entre Bahia e Palmeiras, disputado no último domingo (28), na Arena Fonte Nova, segue repercutindo fora das quatro linhas. O diretor de futebol do clube paulista, Anderson Barros, criticou duramente Rogério Ceni por comentários feitos após a partida sobre o estilo de jogo da equipe de Abel Ferreira.

Segundo Barros, o comandante tricolor ultrapassou limites ao analisar a forma como o Alviverde atua.

“Quanto à crítica do treinador do Bahia sobre a forma como supostamente o Palmeiras joga, não vale perder tempo. Os títulos que o clube conquistou sob o comando da comissão técnica do Abel demonstram a excelência do trabalho desenvolvido. A declaração do senhor Rogério Ceni entra em uma questão ética complicada e eu acho que ele deveria repensá-la”, disse o dirigente em entrevista ao ge.

Entenda a polêmica

Após o triunfo do Bahia por 1 a 0, Abel Ferreira direcionou críticas ao estado do gramado, classificando-o como “parecido com rachão”.

O técnico português lamentou as lesões de Piquerez e Lucas Evangelista, que deixaram o campo após escorregões e travamentos na grama.

“Como nós queremos jogar futebol num gramado desse? Não dá para criar. Tivemos as mesmas oportunidades, mas a equipe que foi mais feliz decidiu em uma ação individual”, afirmou Abel.

Ceni respondeu na coletiva. Para o treinador do Bahia, as reclamações do rival não faziam sentido.

“Para o Palmeiras, é melhor gramado ruim, porque só fazem ligação direta. Sobre lesão, me desculpa, mas para quem joga em gramado sintético reclamar de lesão em gramado natural, aí fica feio”, rebateu.

Queixa formal

A diretoria do Palmeiras informou que levará o caso à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

“Sempre que o Palmeiras faz uma reclamação, é pelo bem do futebol. Não podemos permitir que um jogo de Série A seja disputado em um campo como o da Fonte Nova. Ele não é ruim para o Palmeiras, ele é ruim para o Bahia, para os demais clubes e para os atletas”, completou Anderson Barros.