Israel intensifica ofensiva em Gaza, enquanto Hamas analisa proposta americana
Trump deu “três ou quatro dias” para que o grupo responda ao plano apresentado por ele

Forças israelenses voltaram a bombardear a Cidade Gaza, principal centro urbano da Faixa, nesta quarta-feira (1º) após facções palestinas rejeitarem o plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de um cessar-fogo na região. O principal grupo que faz oposição à Israel no conflito, o Hamas, no entanto, ainda segue analisando a proposta. As informações são da agência britânica Reuters.
Na terça-feira (30), Trump estabeleceu um prazo de “três ou quatro dias” para que o grupo responda ao plano delineado por ele nesta semana em uma reunião com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que demonstrou apoio a proposta americana.
“Aceitar o plano é um desastre, rejeitá-lo é outro, há apenas escolhas amargas aqui, mas o plano é um plano de Netanyahu articulado por Trump”, afirmou uma autoridade palestina familiarizada com as deliberações do Hamas com outras facções, à Reuters.
“O Hamas está interessado em acabar com a guerra e com o genocídio e responderá da maneira que atenda aos interesses maiores do povo palestino”, completou ele, sem entrar em detalhes.
Novas ordens para partir ao sul
Enquanto aviões e tanques israelenses bombardeiam bairros residências da Cidade de Gaza, militares israelenses emitiram novas ordens para que os moradores partam para a região sul da Faixa, impedindo qualquer acesso para o norte, onde o conflito é mais latente.
De acordo com autoridades de saúde locais, ao menos 35 pessoas morreram em Gaza devido aos ataques na madrugada. Só o ataque a região da “cidade velha”, no noroeste, matou sete pessoas, enquanto seis outras, abrigadas em uma escola, foram mortas nos ataques aéreos, disseram os médicos.
O ministro da Defesa, Israel Katz, descreveu a medida como “um cerco mais apertado em torno de Gaza, a fim de derrotar o Hamas”, dizendo que os palestinos dispostos a partir para o sul teriam que passar por uma verificação do Exército.
“Esta é a última oportunidade para que os residentes de Gaza que desejarem se desloquem para o sul e deixem os agentes do Hamas isolados na própria Cidade de Gaza, diante da continuidade das operações em grande escala da IDF (forças de Israel)”, disse Katz.
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