Publicado em 02/10/2025 às 10h09.

‘Não cabe anistia para crime contra a democracia’, afirma Jaques Wagner

Líder do governo no Senado, Wagner defendeu a responsabilização dos mandantes e financiadores da tentativa de golpe

Redação
Foto: Saulo Cruz / Agência Senado

 

O senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, afirmou nesta quarta-feira (1º) que o projeto de anistia aos golpistas de 8 de janeiro é “natimorto”. Em entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews, Wagner defendeu a responsabilização dos mandantes e financiadores da tentativa de golpe e rechaçou qualquer possibilidade de redução de pena para eles.

“Anistia é uma ferramenta para ser usada quando há uma situação de dois lados em conflito e se busca pacificação. No caso do 8 de janeiro não há dois lados. Houve um crime contra a democracia, com depredação das sedes dos três poderes. Portanto, não cabe falar em anistia”, declarou.

Segundo o senador, anistia só se aplica em contextos de acordo de paz ou de transição política. “Aqui tivemos um grupo de pessoas manipuladas, trazidas de ônibus, bancadas com diária e hotel para fazer a depredação, e os que pensaram o golpe de Estado estavam em casa ou no hotel assistindo à depredação que planejaram”, afirmou.

“A discussão sempre foi: a quem interessa punir de verdade? Aos financiadores, idealizadores e planejadores do golpe. Para nós, interessa pegar os mandantes, pois são eles que pensaram tudo e, se a gente vacilar, vão pensar de novo”, disse.

O senador lembrou que os argumentos em favor de uma anistia perderam força com a rejeição da chamada “PEC da blindagem”, que chegou a ser usada como moeda de troca. “Tentaram fazer uma troca com a PEC, que morreu no Senado. E com ela morreu também a anistia. Sou totalmente contra qualquer redução de pena para os mandantes. É um absurdo”, concluiu.

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