Publicado em 02/10/2025 às 15h24.

CPI dos Pancadões convoca donos de bares após casos de bebidas adulteradas

Comissão da Câmara Municipal quer explicações de estabelecimentos ligados a intoxicações por metanol

Redação
Foto: Reprodução/ Redes Sociais

 

A CPI dos Pancadões da Câmara Municipal de São Paulo aprovou, nesta quinta-feira (2), a convocação dos proprietários de três estabelecimentos envolvidos em casos de bebidas adulteradas com metanol. Eles deverão prestar esclarecimentos sobre a origem dos produtos comercializados.

O vereador Kenji Ito (PP), membro da comissão, apresentou requerimentos para convocar representantes do bar Ministrão, localizado nos Jardins, e do Torres Bar, na Mooca.

O Ministrão foi interditado pela Vigilância Sanitária na última terça-feira (30/9), em ação conjunta com órgãos municipais, estaduais e a Polícia Civil, após suspeita de venda de bebidas contaminadas. O Torres Bar, conhecido pelos frequentadores como “bar do Chiquinho”, também foi fechado depois da morte do empresário Ricardo Lopes Mira, que teria consumido vodka adulterada no local.

Outro estabelecimento convocado foi a adega Empório Santos, no bairro Cidade Dutra, zona sul, onde jovens compraram gin adulterado. Entre eles, Rafael dos Anjos Martins Silva, que está em coma irreversível após complicações graves decorrentes da intoxicação.

“Fico muito feliz em intimar os donos de bares, adegas e tabacarias que promoveram a venda ilegal de bebidas adulteradas na cidade de São Paulo”, afirmou o presidente da CPI, vereador Rubinho Nunes (União).

Até agora, o Estado de São Paulo registra ao menos 30 casos de intoxicação por metanol em bebidas, com seis mortes sob análise, uma já confirmada.

Reações dos bares

O Ministrão declarou que todas as bebidas comercializadas têm procedência garantida, adquiridas de fornecedores oficiais, e que está em contato com sua equipe jurídica e distribuidores para apurar os fatos.

O Torres Bar afirmou estar colaborando integralmente com as autoridades e reforçou sua trajetória de mais de 20 anos sem registros semelhantes, destacando seu compromisso com segurança e qualidade.

Já a adega Empório Santos divulgou nota em que nega envolvimento com bebidas adulteradas e se solidariza com as vítimas, reforçando que colabora com as investigações.

CPI também chama influenciador

A comissão ainda aprovou convite para o influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, depor. Ele viralizou ao denunciar casos de erotização precoce em pancadões.

Segundo Rubinho Nunes, a CPI tem recebido denúncias de que festas desse tipo são impulsionadas por artistas e influenciadores que “indiretamente ajudam a normalizar a criminalidade e a erotização precoce de menores”.

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