Publicado em 03/10/2025 às 14h43.

Paraná registra primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol

Paciente em estado grave e autoridades reforçam medidas de prevenção e tratamento

Redação
Foto: Freepik

 

A Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa) registrou, nesta sexta-feira (3), o primeiro caso suspeito de intoxicação por ingestão de metanol no estado.

A vítima é um homem de 60 anos, morador de Curitiba (PR). Ele está internado desde quarta-feira (1º), após ter sofrido um atropelamento e relatado ter consumido bebida alcoólica destilada.

Segundo a Sesa, o quadro clínico do paciente apresentou agravamento, com sintomas compatíveis com intoxicação por metanol. Atualmente, ele permanece inconsciente e em estado grave. O órgão notificou o Ministério da Saúde.

A Sesa, em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, acompanha a evolução clínica e aguarda os resultados laboratoriais para confirmação ou descarte da suspeita.

A secretaria orientou que, em casos de suspeita de intoxicação por metanol, os serviços de saúde públicos ou privados do estado devem notificar imediatamente o Centro de Informação e Assistência Toxicológica do Paraná (CIATox), pelo telefone 0800 041 0148, disponível 24 horas.

Casos registrados no Brasil

Até a manhã desta sexta, pelo menos 60 casos suspeitos de intoxicação por ingestão de metanol haviam sido registrados no Brasil. O caso do Paraná é o 61º.

  • São Paulo: 42 casos suspeitos e 11 confirmados; uma morte confirmada e cinco em investigação.

  • Pernambuco: cinco casos suspeitos e duas mortes em investigação.

  • Distrito Federal: um caso suspeito, do rapper Hungria.

  • Bahia: uma morte suspeita.

O governo anunciou medidas para combater a situação. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou que será realizada a compra de 150 mil ampolas de etanol farmacêutico para auxiliar estados e municípios no tratamento das vítimas.

O Ministério da Saúde também criou uma sala de situação para monitorar os casos em todo o país. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acionou autoridades internacionais em busca de fomepizol, medicamento ainda não disponível no Brasil.

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