Publicado em 06/10/2025 às 09h21.

Paralisação nos EUA chega ao 6º dia e Trump ameaça realizar demissões em massa

Governo americano está parado desde quarta-feira (1º), devido a um impasse entre os partidos Democrata e Republicano, os principais do país

Redação
Foto: Keegan Barber/Fotos Públicas

 

A paralisação do governo dos Estados Unidos entrou em seu sexto dia nesta segunda-feira (6), com membros dos dois principais partidos do país, o Democrata e o Republicano, ainda em um impasse no Congresso, e a Casa Branca ameaçando aumentar a pressão com demissões em massa de funcionários federais. As informações são da agência britânica Reuters e do portal InfoMoney.

O Senado americano, que possui maioria republicana, partido do presidente Donald Trump, deve votar novamente medidas para o financiamento de agências federias, que incluem um projeto de lei provisório do partido, aprovado pela Câmara dos Deputados do país, que financiaria as operações até 21 de novembro, além de uma alternativa democrata. Não é esperado, no entanto, que nenhuma delas receba os 60 votos necessários para avançar.

Questionado no domingo (5) sobre uma previsão de quando o governo começaria a demitir funcionários federais, Trump afirmou apenas que “está acontecendo agora mesmo”. O presidente ainda culpou os democratas, seus opositores em Washington, pelo impasse, mas não entrou em detalhes sobre os planos de demissão. A Casa Branca disse ainda que milhares de pessoas poderiam ser demitidas se a paralisação persistir.

O diretor de orçamento de Trump, Russell Vought, já congelou pelo menos US$ 28 bilhões em fundos de infraestrutura para os estados de Nova York, Califórnia e Illinois – todos com populações democratas consideráveis e com líderes críticos ao presidente americanos.

Trump e seus aliados também tem provocado membros da oposição em suas redes sociais, com o uso de vídeos com ‘deepfake’ que utilizam de estereótipos mexicanos e imagens que o vice-presidente JD Vance descreveu como “piadas”.

Mas os líderes democratas não demonstraram nenhum sinal de que irão se submeter às táticas duras da Casa Branca, que causaram desconforto entre alguns republicanos centristas que temem que a abordagem possa tornar o impasse mais difícil de ser superado.

“O que vimos foi uma negociação por meio de vídeos deepfake, a Câmara cancelando votações e, é claro, o presidente Trump passando o dia de ontem no campo de golfe. Isso não é um comportamento responsável”, disse o líder democrata da Câmara, Hakeem Jeffries, ao programa “Meet the Press” da NBC.

A paralisação parcial, a 15ª desde 1981, está empatada como a quarta mais longa da história dos EUA, igualando nesta segunda-feira a duração de seis dias de uma paralisação de 1995, que começou depois que o então presidente Bill Clinton vetou um projeto de lei republicano sobre gastos. A paralisação mais longa durou 35 dias, entre 2018-2019, durante o primeiro mandato de Trump.

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