Publicado em 06/10/2025 às 10h58.

Peça ‘Eu Capitu’ chega a Salvador com apresentações gratuitas; saiba mais

Peça revisita Dom Casmurro pelo olhar feminino, discute violência de gênero e promove atividades formativas com artistas e produtores culturais

Redação
Foto: Reprodução/Assessoria

 

De 10 a 12 de outubro, o público de Salvador poderá assistir no Teatro Jorge Amado o espetáculo “Eu Capitu”, que já percorreu diversas capitais brasileiras lotando teatros e instigando debates sobre o papel da mulher na literatura, na história e na sociedade.

Com texto de Carla Faour e direção de Miwa Yanagizawa, a obra revisita o clássico Dom Casmurro, de Machado de Assis, sob uma perspectiva contemporânea e crítica, dando voz à enigmática Capitu e, com ela, a todas as mulheres silenciadas ao longo do tempo.

História

A peça é conduzida pela trajetória de Ana, adolescente que busca refúgio em seu mundo imaginário para escapar do ambiente de violência doméstica em que vive. Sua mãe, Leninha, enfrenta um relacionamento abusivo, situação que impacta diretamente a vida da filha. Obrigada a estudar Dom Casmurro para uma prova decisiva, Ana encontra no romance pontos de contato com sua realidade. É nesse cruzamento entre ficção e vida que surge em cena Capitu, figura icônica da literatura brasileira, agora livre para falar em primeira pessoa.

Esses encontros entre Ana e Capitu se transformam em um rito de passagem para a menina e um espelho para o público: até que ponto o olhar masculino molda não apenas os livros, mas também o cotidiano, a política, a arte e as relações?

Com 90 minutos de duração, “Eu Capitu” aposta em um universo simbólico e poético para tratar de temas urgentes como machismo, feminicídio e silenciamento das mulheres. “Logo de início, entendi que não queria uma peça realista. Se o assunto era muito duro e pesado, eu queria falar de uma forma doce e lúdica com a criação de um universo simbólico e metafórico”, explica a dramaturga Carla Faour.

Programação em Salvador

As apresentações terão entrada gratuita, com retirada de ingressos pelo Sympla

10/10 (sexta), 19h30– Sessão exclusiva para escolas, universidades e projetos sociais (não aberta ao público geral).

11/10 (sábado), 20h– Apresentação aberta ao público, seguida de roda de conversa com a equipe artística e de produção.

12/10 (domingo), 20h– Apresentação acessível, com recursos de Libras e audiodescrição.

Classificação: 14 anos

Duração: 90 minutos

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