Publicado em 06/10/2025 às 19h27.

Ex-Fazenda faz seis cirurgias plásticas de uma vez e médica alerta: ‘Eleva o risco’

Especialista alerta para complicações e necessidade de avaliação criteriosa

Edgar Luz
Foto: Reprodução/Record

 

A influenciadora Ingrid Ohara voltou a chamar atenção nas redes sociais ao revelar que se submeteu a seis procedimentos cirúrgicos de uma só vez, incluindo Lipo Ultra HD 360, lipoenxertia glútea, prótese de mama, remodelação costal, ninfoplastia e hernioplastia umbilical.

Em vídeo publicado em suas redes, a ex-Fazenda contou que inicialmente planejava apenas corrigir a flacidez nos braços:

“A minha primeira reunião foi para fazer só uma lipo nos braços. Eu engordei e emagreci algumas vezes ao longo da minha vida e fiquei flácida. Eu treino, me alimento bem, mas teve uma fase que eu engordei 20 quilos, depois emagreci, e isso deixou marcas. Esse ano perdi muita gordura e fiquei sem nada de seio. Aí uma coisa foi levando à outra”, explicou.

 

Opinião da especialista

Embora cada um dos procedimentos seja comum na cirurgia plástica, a cirurgiã plástica Dra. Chreichi L. Oliveira destaca que a combinação deles requer extremo cuidado.

“Entre os benefícios, está a possibilidade de alcançar uma transformação corporal mais completa em menos tempo, reduzindo o número de internações, de anestesias e de afastamentos das atividades do dia a dia. Para alguns pacientes, isso significa praticidade e até economia no processo”, afirma a médica.

Por outro lado, a especialista alerta que o tempo prolongado de cirurgia aumenta os riscos de complicações. “Cirurgias longas sobrecarregam o organismo e elevam as chances de sangramentos, infecções, trombose e até reações anestésicas graves. Além disso, a recuperação se torna mais complexa, já que diferentes áreas do corpo precisam cicatrizar simultaneamente”, explica.

A Dra. Chreichi também reforça a importância de respeitar o tempo cirúrgico seguro. “Cada minuto a mais na mesa de cirurgia eleva o risco do paciente. Por isso, a indicação de combinar procedimentos deve ser muito bem avaliada e nunca baseada apenas no desejo de resultados rápidos”, pontua.

Segundo a especialista, não há uma regra única, a decisão depende de fatores como o estado de saúde, os exames pré-operatórios e o perfil físico e emocional do paciente, além da experiência da equipe médica.

“Quando bem planejadas e em casos selecionados, algumas combinações de cirurgias podem ser seguras. O que não pode acontecer é banalizar a prática ou tratar o corpo como um objeto a ser esculpido de uma só vez”, conclui.

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