Publicado em 13/10/2025 às 09h51.

Com governo da França em crise, Macron diz que não renunciará

Presidente criticou oponentes e prometeu reformas nos ministérios de seu novo primeiro-ministro

Redação
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil/Arquivo

 

O presidente da França, Emmanuel Macron, rejeitou nesta segunda-feira (13) os pedidos de renúncia feitos por seus oponentes, enquanto seu último governo era ameaçado por duas moções de desconfiança que pode derrubá-lo até o final da semana. As informações são da agência britânica Reuters e do portal InfoMoney.

A França enfrenta sua pior crise política em décadas, já que uma sucessão de grupos minoritários tenta impor orçamentos de redução de déficit a uma legislatura já dividida em três blocos ideológicos distintos.

Só nos últimos dois anos, Macron teve cinco primeiros-ministros, com muitos de seus rivais defendendo a tese de que a única saída para a crise está no presidente convocar novas eleições legislativas ou renunciar, algo que ele se recusa a fazer.

Macron está no Egito nesta segunda, onde participa de uma reunião que compõe as negociações para o fim de guerra na Faixa de Gaza. Ao chegar ao país, Macron falou à imprensa, onde criticou seus oponentes, os acusando de desestabilizar a França, e reafirmando que não possui planos de renunciar antes que seu segundo, e último, mandato termine, em 2027.

“Eu garanto a continuidade e a estabilidade, e continuarei a fazê-lo”, disse ele, pedindo às pessoas que não se esqueçam de que o mandato dado ao presidente significa “servir, servir e servir”.

Na sexta-feira (10), Macron nomeou novamente Sebastien Lecornu, que havia renunciado ao cargo de primeiro-ministro no início da semana. O gabinete de Macron anunciou o novo gabinete de Lecornu no final do domingo, com muitos dos principais cargos permanecendo inalterados, apesar da promessa do primeiro-ministro de nomear ministros que incorporem “renovação e diversidade”.

Tanto o partido de extrema-esquerda França Insubmissa (LFI, na sigla local) quanto o partido de extrema-direita Reunião Nacional (RN) apresentaram moções de desconfiança nesta segunda contra o governo nomeado por Macron.

Lecornu, que já é o primeiro-ministro com o mandato mais curto da França, com um primeiro mandato que durou apenas 27 dias, não descartou a possibilidade de renunciar novamente se não puder cumprir sua missão.

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